OS DESVIOS GRAMATICAIS
http://www.teacheronline.com.br/gramatica/artigo1.htm
Dentro da visão da gramática gerativo-transformacional, os tradicionais conceitos de "certo" e "errado", tão adequados às ciências exatas, cedem lugar ao que Chomsky denomina de grammatical e ungrammatical, e que poderíamos traduzir por "usual" e "não-usual", ou talvez por "autêntica" e "não-autêntica".
Usuais ou autênticas são as formas passíveis de serem usadas por falantes nativos, que na conceituação tradicional são denominadas de "corretas."
Não-usuais ou não-autênticas seriam os desvios produzidos por não-nativos, que na conceituação tradicional são denominadas de "erros." Estes, por sua vez, dividem-se em "aceitáveis" ou "eficazes" e "inaceitáveis" ou "ineficazes." O desvio "aceitável" ou "eficaz" é aquele que embora seja percebido por falantes nativos como não-autêntico, ainda assim cumpre com a finalidade de comunicar. Por exemplo, se um estrangeiro que está aprendendo português como segunda língua disser:
"Eu vai Porto Alegre amanhã." ou
"Eu gostar de beber cerveja brasileira."
estará produzindo desvios aceitáveis ou eficazes, uma vez que os mesmos não comprometem o entendimento. Entretanto, se este mesmo estrangeiro disser:
"Eu fui Porto Alegre amanhã."
estará produzindo um desvio inaceitável ou ineficaz, uma vez que compromete seriamente a comunicação da mensagem.
Monday, July 18, 2005
Sunday, July 10, 2005
Uma reflexão sobre a linguagem...
Uma reflexão sobre a linguagem...
“A teoria da linguagem é, simplesmente, aquela parte da psicologia humana que se ocupa de um 'órgão mental' particular: a linguagem humana. Estimulada por experiência apropriada e contínua, a faculdade da linguagem cria uma gramática que gera sentenças com propriedades formais e semânticas. Dizemos que um indivíduo domina a língua gerada por essa gramática. Utilizando–se de outras faculdades mentais relacionadas e das estruturas por elas produzidas, ele pode então passar a usar a língua que domina” (CHOMSKY, A. N. Reflexões Sobre a Linguagem, cap. 2, p. 33).
“A teoria da linguagem é, simplesmente, aquela parte da psicologia humana que se ocupa de um 'órgão mental' particular: a linguagem humana. Estimulada por experiência apropriada e contínua, a faculdade da linguagem cria uma gramática que gera sentenças com propriedades formais e semânticas. Dizemos que um indivíduo domina a língua gerada por essa gramática. Utilizando–se de outras faculdades mentais relacionadas e das estruturas por elas produzidas, ele pode então passar a usar a língua que domina” (CHOMSKY, A. N. Reflexões Sobre a Linguagem, cap. 2, p. 33).
Abordagem Comunicativa
O Communicative Language Teaching, também chamado Communicative Approach ou Functional Approach, é a versão britânica do movimento iniciado no início da década de 60 em reação ao estruturalismo (estudo das formas da língua, de sua estrutura gramatical) e do behaviorismo (reflexos condicionados moldando o comportamento).
A combinação do estruturalismo na lingüística e do behaviorismo na psicologia educacional haviam dado origem ao audiolingualism, os métodos audioorais e audiovisuais surgidos nos anos 50, baseados em repetição mecânica e até hoje praticados por muitos cursos de línguas no Brasil. A abordagem comunicativa então, inspirada pela nova teoria de lingüística do norte-americano Noam Chomsky e pelas novas teorias de psicologia cognitiva de Piaget e Chomsky, e motivada pela crescente demanda por métodos de ensino de línguas mais eficazes, surgiu como uma forte reação contra o audiolingualism.
Na abordagem comunicativa, a unidade básica da língua, que requer atenção, é o ato comunicativo, ao invés da frase. A função se sobrepõe à forma, e significado e situações é que inspiram a planificação didática e a confecção de materiais. Competência comunicativa passa ser o objetivo em vez da construção de conhecimento gramatical ou da estocagem de formas memorizadas.
Sem dúvida, a abordagem comunicativa representa uma evolução inteligente em direção a um ensino-aprendizado de línguas mais humano e centrado nos interesses do aprendiz. É a abordagem comunicativa que inspira os métodos hoje mais eficazes. Serão entretanto menos eficazes esses métodos se limitarem-se a atividades tipo role-play artificializadas em sala de aula. Serão, isto sim, mais eficazes se proporcionarem assimilação natural através de interação humana, de situações reais de comunicação em ambientes multiculturais
A combinação do estruturalismo na lingüística e do behaviorismo na psicologia educacional haviam dado origem ao audiolingualism, os métodos audioorais e audiovisuais surgidos nos anos 50, baseados em repetição mecânica e até hoje praticados por muitos cursos de línguas no Brasil. A abordagem comunicativa então, inspirada pela nova teoria de lingüística do norte-americano Noam Chomsky e pelas novas teorias de psicologia cognitiva de Piaget e Chomsky, e motivada pela crescente demanda por métodos de ensino de línguas mais eficazes, surgiu como uma forte reação contra o audiolingualism.
Na abordagem comunicativa, a unidade básica da língua, que requer atenção, é o ato comunicativo, ao invés da frase. A função se sobrepõe à forma, e significado e situações é que inspiram a planificação didática e a confecção de materiais. Competência comunicativa passa ser o objetivo em vez da construção de conhecimento gramatical ou da estocagem de formas memorizadas.
Sem dúvida, a abordagem comunicativa representa uma evolução inteligente em direção a um ensino-aprendizado de línguas mais humano e centrado nos interesses do aprendiz. É a abordagem comunicativa que inspira os métodos hoje mais eficazes. Serão entretanto menos eficazes esses métodos se limitarem-se a atividades tipo role-play artificializadas em sala de aula. Serão, isto sim, mais eficazes se proporcionarem assimilação natural através de interação humana, de situações reais de comunicação em ambientes multiculturais
Abordagem Comunicativa
THE COMMUNICATIVE APPROACH
ABORDAGEM COMUNICATIVA
Ricardo Schütz
Atualizado em 26 de julho de 2003
"Acquisition requires meaningful interaction in the target language - natural communication - in which speakers are concerned not with the form of their utterances but with the messages they are conveying and understanding." (Stephen Krashen)
O Communicative Language Teaching, também chamado Communicative Approach ou Functional Approach, é a versão britânica do movimento iniciado no início da década de 60 em reação ao estruturalismo (estudo das formas da língua, de sua estrutura gramatical) e do behaviorismo (reflexos condicionados moldando o comportamento).
A combinação do estruturalismo na lingüística e do behaviorismo na psicologia educacional haviam dado origem ao audiolingualism, os métodos audioorais e audiovisuais surgidos nos anos 50, baseados em repetição mecânica e até hoje praticados por muitos cursos de línguas no Brasil. A abordagem comunicativa então, inspirada pela nova teoria de lingüística do norte-americano Noam Chomsky e pelas novas teorias de psicologia cognitiva de Piaget e Chomsky, e motivada pela crescente demanda por métodos de ensino de línguas mais eficazes, surgiu como uma forte reação contra o audiolingualism.
Na abordagem comunicativa, a unidade básica da língua, que requer atenção, é o ato comunicativo, ao invés da frase. A função se sobrepõe à forma, e significado e situações é que inspiram a planificação didática e a confecção de materiais. Competência comunicativa passa ser o objetivo em vez da construção de conhecimento gramatical ou da estocagem de formas memorizadas.
Sem dúvida, a abordagem comunicativa representa uma evolução inteligente em direção a um ensino-aprendizado de línguas mais humano e centrado nos interesses do aprendiz. É a abordagem comunicativa que inspira os métodos hoje mais eficazes. Serão entretanto menos eficazes esses métodos se limitarem-se a atividades tipo role-play artificializadas em sala de aula. Serão, isto sim, mais eficazes se proporcionarem assimilação natural através de interação humana, de situações reais de comunicação em ambientes multiculturais.
The Communicative Language Teaching, also called Communicative Approach or Functional Approach was the British version of the movement in the early 60s in reaction to the structuralism and behaviorism embodied in the audiolingualism then predominant.
The new directions in the theory of language aired by Chomsky and an increasing demand for language teaching among the countries of the European Common Market were the thrusting forces behind this methodology. The basic unit of language became not the sentence, but the communicative act. Function rather than form, and meaning rather than pattern determine the designing of materials. Communicative competence rather than grammatical competence is the goal. Language is tentatively subdivided in areas according to functionality.
In my opinion the CLT was an intelligent move towards a more humanistic and learner-centered approach, eventually leading to language acquisition through bicultural human interaction. It will be less effective however if it provides only the artificial role-playing activities in a traditional classroom setting.
ABORDAGEM COMUNICATIVA
Ricardo Schütz
Atualizado em 26 de julho de 2003
"Acquisition requires meaningful interaction in the target language - natural communication - in which speakers are concerned not with the form of their utterances but with the messages they are conveying and understanding." (Stephen Krashen)
O Communicative Language Teaching, também chamado Communicative Approach ou Functional Approach, é a versão britânica do movimento iniciado no início da década de 60 em reação ao estruturalismo (estudo das formas da língua, de sua estrutura gramatical) e do behaviorismo (reflexos condicionados moldando o comportamento).
A combinação do estruturalismo na lingüística e do behaviorismo na psicologia educacional haviam dado origem ao audiolingualism, os métodos audioorais e audiovisuais surgidos nos anos 50, baseados em repetição mecânica e até hoje praticados por muitos cursos de línguas no Brasil. A abordagem comunicativa então, inspirada pela nova teoria de lingüística do norte-americano Noam Chomsky e pelas novas teorias de psicologia cognitiva de Piaget e Chomsky, e motivada pela crescente demanda por métodos de ensino de línguas mais eficazes, surgiu como uma forte reação contra o audiolingualism.
Na abordagem comunicativa, a unidade básica da língua, que requer atenção, é o ato comunicativo, ao invés da frase. A função se sobrepõe à forma, e significado e situações é que inspiram a planificação didática e a confecção de materiais. Competência comunicativa passa ser o objetivo em vez da construção de conhecimento gramatical ou da estocagem de formas memorizadas.
Sem dúvida, a abordagem comunicativa representa uma evolução inteligente em direção a um ensino-aprendizado de línguas mais humano e centrado nos interesses do aprendiz. É a abordagem comunicativa que inspira os métodos hoje mais eficazes. Serão entretanto menos eficazes esses métodos se limitarem-se a atividades tipo role-play artificializadas em sala de aula. Serão, isto sim, mais eficazes se proporcionarem assimilação natural através de interação humana, de situações reais de comunicação em ambientes multiculturais.
The Communicative Language Teaching, also called Communicative Approach or Functional Approach was the British version of the movement in the early 60s in reaction to the structuralism and behaviorism embodied in the audiolingualism then predominant.
The new directions in the theory of language aired by Chomsky and an increasing demand for language teaching among the countries of the European Common Market were the thrusting forces behind this methodology. The basic unit of language became not the sentence, but the communicative act. Function rather than form, and meaning rather than pattern determine the designing of materials. Communicative competence rather than grammatical competence is the goal. Language is tentatively subdivided in areas according to functionality.
In my opinion the CLT was an intelligent move towards a more humanistic and learner-centered approach, eventually leading to language acquisition through bicultural human interaction. It will be less effective however if it provides only the artificial role-playing activities in a traditional classroom setting.
Tuesday, July 05, 2005
A Teoria da linguagem
A teoria da linguagem é, simplesmente, aquela parte da psicologia humana que se ocupa de um 'órgão mental' particular: a linguagem humana. Estimulada por experiência apropriada e contínua, a faculdade da linguagem cria uma gramática que gera sentenças com propriedades formais e semânticas. Dizemos que um indivíduo domina a língua gerada por essa gramática. Utilizando–se de outras faculdades mentais relacionadas e das estruturas por elas produzidas, ele pode então passar a usar a língua que domina” (CHOMSKY, A. N. Reflexões Sobre a Linguagem, cap. 2, p. 33).
About Chomsky
Philosopher Noam Chomsky.
Chomsky, who is a lingustics professor at MIT, made extremely fundamental contributions to linguistics during the 1950s. However, in the last 30 years or more, he has widely become known to the public as the foremost critic of US foreign policy in the world. He has been called 'the world's most important living intellectual'. The writer of dozens of influential and famous books and articles ,and the popularizer of the powerful phrase 'manufacturing consent', Chomsky is a beacon of dissent in the most powerful country in the world. Irrespective of whether we agree with his views or not, he is a great symbol of the freedom of speech, one which is essential in any democracy. In a world in which power and wealth has exceedingly become concentrated in the hands of a few, I think it is important for us to at least listen to the views of people like Chomsky. They represent the only possible safeguard against the rule of totalitarianism, official or unofficial.
Chomsky, who is a lingustics professor at MIT, made extremely fundamental contributions to linguistics during the 1950s. However, in the last 30 years or more, he has widely become known to the public as the foremost critic of US foreign policy in the world. He has been called 'the world's most important living intellectual'. The writer of dozens of influential and famous books and articles ,and the popularizer of the powerful phrase 'manufacturing consent', Chomsky is a beacon of dissent in the most powerful country in the world. Irrespective of whether we agree with his views or not, he is a great symbol of the freedom of speech, one which is essential in any democracy. In a world in which power and wealth has exceedingly become concentrated in the hands of a few, I think it is important for us to at least listen to the views of people like Chomsky. They represent the only possible safeguard against the rule of totalitarianism, official or unofficial.
Sunday, May 01, 2005
Meu amor por você
Por Jeni
Este amor sobreviverá em energia
Está impregnado no brilho da lua
Nas noites de verão
No brilho das estrelas, e na minha poesia!
Impossível não sentir
No meu olhar, no meu corpo
No meu cérebro, no meu dia
Um novo ser, ao amar você
que antes não existia
Sem emoções, sem sonhos, nem calafrios!...
Antes, apenas a realidade,
Sem sentir o prateado das noites
Sem saber que no silêncio há música
A música da eternidade...
É com você meu querido
Que meu corpo viaja , transcende...
Quando volto,
É teu sorriso e teu abraço gostoso
Que me envolve e me acende
Por Jeni
Este amor sobreviverá em energia
Está impregnado no brilho da lua
Nas noites de verão
No brilho das estrelas, e na minha poesia!
Impossível não sentir
No meu olhar, no meu corpo
No meu cérebro, no meu dia
Um novo ser, ao amar você
que antes não existia
Sem emoções, sem sonhos, nem calafrios!...
Antes, apenas a realidade,
Sem sentir o prateado das noites
Sem saber que no silêncio há música
A música da eternidade...
É com você meu querido
Que meu corpo viaja , transcende...
Quando volto,
É teu sorriso e teu abraço gostoso
Que me envolve e me acende
Sunday, April 24, 2005
Uma poesia que vale a pena ler....
:: SIM, ESTOU :: Charles Bukowski
não importa com que mulher eu esteja
as pessoas me perguntam
você ainda está com ela?
na média meus relacionamentos duram
dois anos e meio
com guerra
inflação
desemprego
alcoolismo
apostas
falta de dinheiro
e minha própria personalidade degenerada
acho que me saio bastante bem
gosto de ler o jornal de domingo na cama com ela.
gosto de fitas laranja amarradas no pescoço do gato.
gosto de dormir de encontro a um corpo que conheço bem.
gosto dos chinelos pretos jogados ao pé da cama às
duas da tarde.
gosto de ver como saíram as fotos
gosto de ser socorrido nos feriados:
dia da independência, dia do trabalho, dia das bruxas, ação de graças, natal, ano novo
as mulheres sabem como navegar na tormenta
e elas têm menos medo do amor que eu
minhas mulheres me fazem rir quando comediantes profissionais
falham
tem aquele bem-estar de sair juntos para
comprar o jornal
me agrada muito estar sozinho
mas há também um estranho e afetuoso encanto em não estar sozinho
gosto de dividir batatas cozidas tarde da noite
gosto de olhos e dedos mais hábeis que os meus que podem
desatar os nós do cordão dos meus sapatos
gosto de deixá-la dirigir o carro em noites escuras
quando a estrada e a distância são demais para mim
o rádio do carro ligado
nós acendemos cigarros e falamos sobre coisas à toa
e de vez em quando
ficamos em silêncio
gosto de grampos de cabelo deixados na mesa e
no chão do banheiro.
gosto de dividir essas mesmas paredes com a mesma mulher
não gosto das brigas tolas e inúteis que às vezes
acontecem
e não gosto de mim mesmo nessas horas
não dando nada
não entendendo nada
sozinho ou acompanhado
gosto de aspargos cozidos
e rabanetes
e cebolinha
gosto de passar com o carro no lava-rápido
gosto quando tenho 10 pila para ganhar numa aposta de
6 para 1
gosto do radinho que toca
Shostakovich, Brahms, Beethoven, Mahler
mas também gosto quando alguém bate a porta
e é ela.
não importa com que mulher eu esteja
as pessoas me perguntam,
você ainda está com ela?
eles devem imaginar que as enterro
uma de cada vez em
Hollywood Hills
não importa com que mulher eu esteja
as pessoas me perguntam
você ainda está com ela?
na média meus relacionamentos duram
dois anos e meio
com guerra
inflação
desemprego
alcoolismo
apostas
falta de dinheiro
e minha própria personalidade degenerada
acho que me saio bastante bem
gosto de ler o jornal de domingo na cama com ela.
gosto de fitas laranja amarradas no pescoço do gato.
gosto de dormir de encontro a um corpo que conheço bem.
gosto dos chinelos pretos jogados ao pé da cama às
duas da tarde.
gosto de ver como saíram as fotos
gosto de ser socorrido nos feriados:
dia da independência, dia do trabalho, dia das bruxas, ação de graças, natal, ano novo
as mulheres sabem como navegar na tormenta
e elas têm menos medo do amor que eu
minhas mulheres me fazem rir quando comediantes profissionais
falham
tem aquele bem-estar de sair juntos para
comprar o jornal
me agrada muito estar sozinho
mas há também um estranho e afetuoso encanto em não estar sozinho
gosto de dividir batatas cozidas tarde da noite
gosto de olhos e dedos mais hábeis que os meus que podem
desatar os nós do cordão dos meus sapatos
gosto de deixá-la dirigir o carro em noites escuras
quando a estrada e a distância são demais para mim
o rádio do carro ligado
nós acendemos cigarros e falamos sobre coisas à toa
e de vez em quando
ficamos em silêncio
gosto de grampos de cabelo deixados na mesa e
no chão do banheiro.
gosto de dividir essas mesmas paredes com a mesma mulher
não gosto das brigas tolas e inúteis que às vezes
acontecem
e não gosto de mim mesmo nessas horas
não dando nada
não entendendo nada
sozinho ou acompanhado
gosto de aspargos cozidos
e rabanetes
e cebolinha
gosto de passar com o carro no lava-rápido
gosto quando tenho 10 pila para ganhar numa aposta de
6 para 1
gosto do radinho que toca
Shostakovich, Brahms, Beethoven, Mahler
mas também gosto quando alguém bate a porta
e é ela.
não importa com que mulher eu esteja
as pessoas me perguntam,
você ainda está com ela?
eles devem imaginar que as enterro
uma de cada vez em
Hollywood Hills
COTAS OBRIGATÓRIAS ::
COTAS OBRIGATÓRIAS ::
por Furio Lonza, publicado na Gonzo
Judiciário
De cada 5 juizes, deverá haver uma cota de pelo menos 2 que não poderão ter ligação alguma com o narcotráfico.
Teatro
Para cada peça que a Brasil Telecom e Petrobrás patrocinarem para o lobby Marieta Severo - Andréia Beltrão - Maria Padilha - Luana Piovani - Marília Pêra, essas empresas deverão financiar pelo menos 1 espetáculo de qualidade.
Horário Nobre
Para cada 5 coletivas do Bush no Jornal Nacional, a emissora deverá mostrar pelo menos duas conferências de Michael Moore ou Susan Sontag ou Noan Chomsky ou Norman Mailer.
Sexo
De cada 10 vibradores vendidos em lojas tipo sexshop, pelo menos 3 terão que ser negros e 1 circuncidado.
Chamadas na TV
Pelo menos 2 de cada 10 chamadas de filmes na telinha não poderão conter as palavras “adrenalina”, “armação” ou “turma do barulho”.
Hip Hop
Para cada banda de 32 componentes negrões, deverá ser reservada uma cota para pelo menos 2 albinos e 1 nissei. Tipo assim, tá ligado?
Putas
Para cada 10 mulheres brancas que casarem com pagodeiro de cabelo verde, deverá haver uma cota de pelo menos 3 que não poderão botar o nome de Andressa ou Talita nos filhos do casal.
Modelos
De cada 5 modelos, duas deverão saber soletrar o próprio nome.
Big Brother
De cada 10 participantes, haverá uma cota obrigatória de 2 que não dirão “Eu meio que quase não fui na feixta”.
Telenovelas
Em cada telenovela, para cada 10 modelos, haverá a obrigatoriedade de contratar pelo menos 2 atores profissionais.
Livrarias
De cada 7 livrarias, 2 deverão ter como atividade principal o livro.
Mundo Cão
Para cada 3 testes de DNA, o programa será obrigado a fazer pelo menos 1 teste de QI do apresentador.
Putas II
De cada 2 apresentadoras de TV, uma não poderá ser viúva de corredor de Fórmula 1 nem ter tido filho com astro de rock.
Caras
Para cada 10 páginas que a revista gasta nos namoros da Giovanna Antonelli e nas separações da Deborah Secco, ela deverá publicar pelo menos 2 poemas de Fernando Pessoa e 1 de Manoel de Barros.
Jornal Nacional
Haverá uma cota obrigatória de 2 notícias culturais para cada 10 vítimas de trens descarrilados em Kuala Lumpur ou tufões em Bangladesh ou de nascimentos de mimosos leõezinhos no zoológico de Palmeira dos Índios.
Cinema
Para cada 5 filmes do Cacá Diegues lançados anualmente e financiados por estatais, deverá haver pelo menos 2 de diretores preocupados com criatividade.
Rappers
Para cada 100 clips de rap na MTV, haverá uma cota obrigatória de pelo menos 1 em que a gente vai ter que entender a letra da música.
Dramaturgia
Para cada 5 atores negros que aparecem nas telenovelas da Globo, haverá uma cota obrigatória de pelo menos 1 que não terá alma de branco.
ABL
A cada 10 membros da Academia Brasileira de Letras, pelo menos 2 deverão ter escrito um livro na puta da vida.
Putas III
De cada 10 ex-mulheres do Ronaldinho, pelo menos 2 não poderão mostrar a bunda em revistas masculinas nos meses subseqüentes à separação.
Trabalho social
Para cada 4 projetos sociais que as socialytes da Barra fazem na Cidade de Deus, haverá uma cota de pelo menos 1 que elas não poderão descontar no Imposto de Renda.
Rocco
Para cada livro do Paulo Coelho, a editora terá que publicar outros tantos de Hunter Thompson, Boris Vian, Reinaldo Arenas, Jim Dodge, Joseph Mitchell, Javier Tomeo, Max Aub, Michel Houellebecq, Mário Bortolotto, Robert Walser, Raymond Carver, Stephen Dobyns, Witold Gombrowicz, Ernst Jünger.
Celebridades
De cada 10, pelo menos 2 deverão saber fazer alguma coisa, qualquer coisa, jogar xadrês, por exemplo, sei lá, colecionar selos, ter pelo menos um hobby, entender de passarinhos, porra, que merda!
por Furio Lonza, publicado na Gonzo
Judiciário
De cada 5 juizes, deverá haver uma cota de pelo menos 2 que não poderão ter ligação alguma com o narcotráfico.
Teatro
Para cada peça que a Brasil Telecom e Petrobrás patrocinarem para o lobby Marieta Severo - Andréia Beltrão - Maria Padilha - Luana Piovani - Marília Pêra, essas empresas deverão financiar pelo menos 1 espetáculo de qualidade.
Horário Nobre
Para cada 5 coletivas do Bush no Jornal Nacional, a emissora deverá mostrar pelo menos duas conferências de Michael Moore ou Susan Sontag ou Noan Chomsky ou Norman Mailer.
Sexo
De cada 10 vibradores vendidos em lojas tipo sexshop, pelo menos 3 terão que ser negros e 1 circuncidado.
Chamadas na TV
Pelo menos 2 de cada 10 chamadas de filmes na telinha não poderão conter as palavras “adrenalina”, “armação” ou “turma do barulho”.
Hip Hop
Para cada banda de 32 componentes negrões, deverá ser reservada uma cota para pelo menos 2 albinos e 1 nissei. Tipo assim, tá ligado?
Putas
Para cada 10 mulheres brancas que casarem com pagodeiro de cabelo verde, deverá haver uma cota de pelo menos 3 que não poderão botar o nome de Andressa ou Talita nos filhos do casal.
Modelos
De cada 5 modelos, duas deverão saber soletrar o próprio nome.
Big Brother
De cada 10 participantes, haverá uma cota obrigatória de 2 que não dirão “Eu meio que quase não fui na feixta”.
Telenovelas
Em cada telenovela, para cada 10 modelos, haverá a obrigatoriedade de contratar pelo menos 2 atores profissionais.
Livrarias
De cada 7 livrarias, 2 deverão ter como atividade principal o livro.
Mundo Cão
Para cada 3 testes de DNA, o programa será obrigado a fazer pelo menos 1 teste de QI do apresentador.
Putas II
De cada 2 apresentadoras de TV, uma não poderá ser viúva de corredor de Fórmula 1 nem ter tido filho com astro de rock.
Caras
Para cada 10 páginas que a revista gasta nos namoros da Giovanna Antonelli e nas separações da Deborah Secco, ela deverá publicar pelo menos 2 poemas de Fernando Pessoa e 1 de Manoel de Barros.
Jornal Nacional
Haverá uma cota obrigatória de 2 notícias culturais para cada 10 vítimas de trens descarrilados em Kuala Lumpur ou tufões em Bangladesh ou de nascimentos de mimosos leõezinhos no zoológico de Palmeira dos Índios.
Cinema
Para cada 5 filmes do Cacá Diegues lançados anualmente e financiados por estatais, deverá haver pelo menos 2 de diretores preocupados com criatividade.
Rappers
Para cada 100 clips de rap na MTV, haverá uma cota obrigatória de pelo menos 1 em que a gente vai ter que entender a letra da música.
Dramaturgia
Para cada 5 atores negros que aparecem nas telenovelas da Globo, haverá uma cota obrigatória de pelo menos 1 que não terá alma de branco.
ABL
A cada 10 membros da Academia Brasileira de Letras, pelo menos 2 deverão ter escrito um livro na puta da vida.
Putas III
De cada 10 ex-mulheres do Ronaldinho, pelo menos 2 não poderão mostrar a bunda em revistas masculinas nos meses subseqüentes à separação.
Trabalho social
Para cada 4 projetos sociais que as socialytes da Barra fazem na Cidade de Deus, haverá uma cota de pelo menos 1 que elas não poderão descontar no Imposto de Renda.
Rocco
Para cada livro do Paulo Coelho, a editora terá que publicar outros tantos de Hunter Thompson, Boris Vian, Reinaldo Arenas, Jim Dodge, Joseph Mitchell, Javier Tomeo, Max Aub, Michel Houellebecq, Mário Bortolotto, Robert Walser, Raymond Carver, Stephen Dobyns, Witold Gombrowicz, Ernst Jünger.
Celebridades
De cada 10, pelo menos 2 deverão saber fazer alguma coisa, qualquer coisa, jogar xadrês, por exemplo, sei lá, colecionar selos, ter pelo menos um hobby, entender de passarinhos, porra, que merda!
Sunday, April 10, 2005
Exilada de você
Por Jeni
Estou exilada de você
Na solidão
A poesia interdita na minha alma
Experimento a dor do impossível
Deste inaudito e invisível amor
Só a sua lembrança me acalma
Um amor que morrerá em mim
E me fará renascer mais forte
Longe do meu universo e sem chão
Tão impregnado está que
Não é nem de longe a sua morte...
Estou exilada de você
Na solidão
A poesia interdita na minha alma
Experimento a dor do impossível
Deste inaudito e invisível amor
Só a sua lembrança me acalma
Um amor que morrerá em mim
E me fará renascer mais forte
Longe do meu universo e sem chão
Tão impregnado está que
Não é nem de longe a sua morte...
Saturday, April 09, 2005
25 - A traduzibilidade (primeira parte)
Atividade tradutiva deve considerar dois fatores: a distância cultural e a distância lingüística entre o texto que vai ser traduzido (prototexto) e o idioma/cultura do texto que vai ser produzido (metatexto).
As repercussões práticas deste enfoque da tradução são muitas. Em primeiro lugar, a formação do tradutor deve incluir, além dos conhecimentos lingüísticos necessários, o conhecimento específico de uma ou mais culturas da zona lingüística pertinente. Tomaremos o idioma inglês como exemplo.
Na maioria de nossos colégios, o segundo idioma que se ensina, com maior freqüência, é o inglês e, no âmbito de tal ensino, transmitem-se alguns elementos da cultura britânica. Nas faculdades de tradução, os temas culturais relativos à zona lingüística do inglês se referem principalmente à cultura britânica. Este conhecimento é indispensável para os futuros tradutores que se defrontarão com textos britânicos.
Mas, se os textos para tradução pertencem, por exemplo, às literaturas pós-coloniais, ou à literatura anglo-americana, será preciso contar com formação cultural relativa a estes países. Do contrário, o tradutor somente poderia alcançar a parte da tradução que se refira à transcodificação lingüística.
Não existe unanimidade quanto à análise das influências mútuas entre língua e cultura. Segundo o estudioso B. L. Whorf, a língua não é apenas um instrumento que permite expressar aspectos de uma cultura determinada, mas também uma espécie de catálogo, uma sistematização de um conhecimento que, de outro modo, estaria desordenado. Trata-se de uma percepção que contradiz o conceito tradicional de que, na relação entre língua e cultura, a primeira tem somente a função de formular conhecimentos adquiridos, independente da capacidade lingüística. Conforme Whorf, se é o idioma que dá forma e sistematiza o conhecimento, no caso de dois povos ou duas pessoas que falem idiomas distintos, com freqüência terão diferentes concepções do mundo e não somente diferentes formulações dos mesmos conceitos1. Na opinião de M. Dummett, a existência dos objetos depende da língua, é a língua que decide que tipos de objetos se reconhecem como existentes.
Por outro lado, a teoria de Whorf destaca, de forma implícita, a importância decisiva que tem a aprendizagem da língua materna, já que mediante ela o indivíduo aprende os mecanismos para sistematizar a experiência. Segundo esta teoria, a aprendizagem de um idioma estrangeiro também encerra a aprendizagem de um conceito diferente do mundo, de uma percepção diferente da cultura. Whorf acredita que não existe conhecimento sem uma língua materna e que, portanto, os indivíduos multilíngües não possuem um conhecimento unívoco.
Além desta concepção geral das relações língua/experiência/conhecimento, o pensamento de Whorf não é de grande interesse para o âmbito específico do tradutor, porque, quando ele se ocupa especificamente da tradução, se baseia na tradução palavra por palavra2. Do ponto de vista de uma teoria semiótica aplicada à prática da tradução, o fato de que a palavra "neve" corresponda, em esquimó, a uma série de palavras diferente não tem um interesse especial, nem significa que entre um esquimó e nós existam diferenças quanto aos processos intelectuais. Significa apenas que nossa experiência cultural é diferente.
Com Whorf, temos uma nova perspectiva, muito fascinante, segundo a qual a língua não é um mero instrumento expressivo, mas também, e sobretudo, um instrumento de conhecimento. Não nos estenderemos sobre a compreensão do conceito de traduzibilidade, a não ser para frisar que o tradutor interlingüístico deve ter capacidade de compreender uma nova concepção do mundo para cada nova língua-cultura que aprende. Não temos, com Whorf, uma indicação específica sobre a traduzibilidade, enquanto Sapir nos fornece indicações mais precisas sobre o que é ou não traduzível.
Ele é conclusivo ao classificar os textos em relação à tradução. Segundo este famoso lingüista, a arte não lingüística é traduzível, enquanto a arte lingüística não. Sapir estabelece outra distinção entre os textos nos quais prevalece o estrato em que, de maneira intuitiva, catalogamos nossa experiência pessoal (conteúdo latente da língua) e os textos caracterizados pela natureza específica do idioma no qual foram escritos. Os primeiros são, como é óbvio, mais traduzíveis, ao ter uma vinculação menor com a estrutura lingüística específica com que foram formulados3.
Hjelmslev afronta o problema da traduzibilidade dividindo as linguagens em duas categorias: as limitadas, como as linguagens artificiais da matemática, e as não-limitadas, que seriam as linguagens naturais. Segundo este lingüista dinamarquês, a traduzibilidade está garantida entre as linguagens não restringidas (naturais) e também ao se traduzir de uma linguagem restringida para uma não restringida, embora não o inverso:
"Any text in any language, in the widest sense of the word, can be translated into any unrestricted language, whereas this is not true of restricted languages. Everything uttered in Danish can be translated into English, and vice versa, because both of these are unrestricted languages. Everything which has been framed in a mathematical formula can be rendered in English, but it is not true that every English utterance can be rendered in a mathematical formula; this is because the formula language of mathematics is restricted, whereas English language is not4. (Qualquer texto em qualquer língua, no sentido mais amplo da palavra, pode ser traduzido para qualquer língua não restringida, ainda que isto não aconteça com as línguas restringidas. Tudo o que seja expresso em dinamarquês pode ser traduzido para o inglês, e vice-versa, porque são duas línguas não restringidas. Tudo o que se encerre em uma fórmula matemática pode ser expresso em inglês, mas não é possível expressar com fórmulas matemáticas todo enunciado em inglês. Isto é devido ao fato de que a linguagem das fórmulas matemáticas é restringida, embora a língua inglesa não seja).
W. V. Quine é um estudioso da língua que tem dado importante contribuição à teoria da tradução e pode, portanto, ser de grande ajuda para aclarar o conceito de tradução. Quine estabelece uma diferença entre a home language, a que se utiliza em casa, e a native language, a língua materna. Toda pessoa descobre prontamente que a native language de que falam seus compatriotas nem sempre coincide com sua home language e, portanto, para poder entender, é obrigado a submeter seus enunciados a uma tradução radical (radical translation), que permite diferenciar o significado e a pronúncia das mesmas palavras, conforme sejam ditas em família ou no âmbito mais amplo da comunidade que utiliza sua língua5.
O fato de que cada palavra adquire uma pronúncia ou um significado distintos em função do contexto em que é formulada e a conseqüente impossibilidade de formular critérios para uma única tradução possível para cada enunciado dão lugar ao conceito de Quine do caráter indeterminado da tradução (indeterminacy of translation). Dado que a linguagem familiar é a que proporciona a energia para enfrentar a língua dos demais falantes, para se habituar à indeterminação teórica (polissemia) dos significados lingüísticos, a tradução se torna o instrumento principal para aprender a língua e seus matizes semânticos. Por outro lado, um falante competente é sempre um bom "tradutor", em particular no sentido intralingüístico e intracultural, embora este raciocínio, por razões óbvias, não possa ser estendido à tradução interlingüística profissional.
Para Quine, o conceito da tradução se refere em primeiro lugar à tradução intralingüística. Na unidade seguinte, examinaremos o pensamento de outros estudiosos com relação ao conceito da traduzibilidade.
26 - A traduzibilidade (segunda parte)
Na unidade anterior, analisamos algumas das perspectivas sobre tradutologia de Sapir, Whorf e Quine. Há outro grande estudioso que mantêm um ponto de vista original sobre a relação expressão lingüística/consciência: Noam Chomsky [em russo, pronuncia-se "homski", e não "chomski"]1.
Segundo Chomsky, cada frase, antes de ser formulada, é concebida como uma profunda estrutura no interior da mente. Num nível psicológico profundo, na opinião de Chomsky, uma frase em qualquer das línguas naturais tem sempre a mesma estrutura: as diferenças de cada construção lingüística somente se apresentam no aflorar da frase, quando o fenômeno psíquico se converte em fenômeno lingüístico.
A teoria chomskiana postula, assim, a existência de construções conceituais universais elementares, comuns a toda humanidade. Por isso, para Chomsky, a tradução interlingüística (e também a intralingüística) é sempre possível, porque os esquemas lógicos subjacentes nas linguagens naturais são constantes, uniformes. Basta atualizar, de modo diferente, uma mesma estrutura profunda para expressá-la em outro idioma2.
Não é nosso objetivo propor aqui quão afortunada possa ser esta teoria em um campo estritamente lingüístico. Nos limitaremos a observar suas conseqüências para a tradutologia.
A concepção homskiana comporta a separação entre o nível informativo e o nível do estilo. Tudo que deriva das "estruturas profundas" é informação, enquanto que a maneira de expressar tal informação tem uma importância secundária e pertence ao campo dos signos formais3.
Voltando à distinção estabelecida por Hjelmslev entre os planos de expressão e de conteúdo, a tradução sempre possível, segundo Chomsky, é a do conteúdo, enquanto o plano da expressão torna-se mero acessório. É uma concepção que exclui toda tradução literária e, por extensão, todo tipo de tradução de textos que, embora não sejam de natureza literária, possuam alguma característica conotativa. É evidente que, em um texto conotativo, o dominante, segundo Chomsky, está mais ligado à estrutura superficial que à estrutura profunda. Isto significa que, para Chomsky, a possibilidade de traduzir é ilimitada no que diz respeito a textos "fechados", que somente podem ser interpretadas de uma maneira, sem conotações. Ou seja, a uma parte exígua dos textos reais.
Whorf, Quine e Chomsky são lingüistas por formação, mas o problema da traduzibilidade não pode ser enfrentado de modo exaustivo se for limitado a considerações de tipo lingüístico: um texto é um fenômeno cultural que, dentro de sua cultura, exerce e sofre muitas influências. Neste sentido, tanto o original quanto sua tradução compartilham igual importância. Antes de ser lingüística, toda tradução é cultural:
"language, text, and text function are different reflections of a single culture. For that reason, from the point of view of total translation, it is more convenient to speak of culture translatability. The total translatability concept is complementary, comprising many different parameters within its field" 4 (língua, texto e função do texto são reflexos distintos de uma mesma cultura. Por isto, do ponto de vista da tradução total, é mais oportuno falar da traduzibilidade da cultura. A traduzibilidade total é um conceito complementar que abarca muitos parâmetros distintos dentro de seu campo).
Se avançarmos um passo além do dilema da intraduzibilidade lingüística dos textos conotativos, podemos considerar o conceito de traduzibilidade como a possibilidade de funcionamento de um texto como elemento cultural dentro de sua cultura. De um lado, devemos decidir se e de que modo é traduzível a cultura representada em um texto; de outro, temos de saber que relação meta e intertextual o texto tem com a cultura que o recebe, uma vez traduzido.
Outro aspecto fundamental da traduzibilidade é a necessidade que o tradutor sente, às vezes, de tornar mais explícito o significado do texto. O autor do original pode permitir-se algumas ambigüidades, palavras polissêmicas ou expressões, mas não o tradutor, porque o fato de ler o original e de planejar escrevê-lo no idioma e na cultura que o receberá implica um processo de interpretação racional e, na fase de reescrita, a explicação dessa racionalização.
Quando um tradutor não entende uma passagem, uma alusão, uma referência do autor do prototexto, essa incompreensão normalmente se revela na tradução. As características implícitas no prototexto se fazem explícitas no metatexto, e as que não se fazem explícitas formam parte do resíduo ou perda da tradução, devido a uma eleição racional do tradutor ou a sua incompreensão. O ato de traduzir deve não apenas transmitir o conteúdo do original, mas, também, deixar sua estrutura a descoberto5.
"The demonstrative nature of translation as text representation must not be regarded as only subsidiary. On the contrary, it is one of the constitutive features of this subcategory of representatives since it distinguishes translation as a speech act from, for example, interpretation in the form of critical comment, or essay, and similar meta-literary achievements"6. (A natureza reveladora da tradução como representação do texto não deve ser considerada somente subsidiária. Pelo contrário, é uma das características fundamentais desta subcategoria de representações, uma vez que diferencia a tradução como um ato de falar, por exemplo, da interpretação em forma de comentário crítico ou ensaio e outras atividades metaliterárias semelhantes).
Como vemos, segundo Broeck a tradução é, por sua própria natureza racionalizadora, uma forma de interpretação semelhante ao ensaio crítico ou à resenha. Portanto, a tradução neutral não existe. Se cada tradução é um processo de interpretação racional, é oportuno que tal perspectiva crítica se exponha também ao leitor.
Portanto, esta racionalização inscrita no processo tradutivo desempenha também um papel de conseqüências importantes. Na unidade seguinte, veremos de que maneira é possível aproveitar o processo de desvelamento do texto, em lugar de negar a idéia como um fenômeno tão incômodo quanto evidente, com o fim de melhorar a traduzibilidade através de uma gestão racional do resíduo no metatexto.
Bibliografia
BROECK R. VAN DEN Literary Conventions and Translated Literature, in Convention and Innovation in Literature, a cargo de T. D'haen, R. Grübel, H. Lethen, Philadelphia, Benjamins, 1989, p. 57-75.CHOMSKY N. Questions of Form and Interpretation, Lisse, Peter de Ridder, 1975.CHOMSKY N. Reflections on Language, Nova York, Pantheon Books, 1976.NIDA E. Semantic Components, in Babel, 8, 4.TOROP P. La traduzione totale. Ed. de B. Osimo. Módena, Guaraldi Logos, 2000. ISBN 88-8049-195-4. Ed. or. Total´nyj perevod. Tartu, Tartu Ülikooli Kirjastus [Tartu University Press], 1995. ISBN 9985-56-122-8.
1 Chomsky 1976, p. 182.2 Chomsky 1975, p. 37.3 Nida 1962.4 Torop 2000, p. 112.5 Torop 2000, p. 113 f.6 Broeck 1989, p. 59.
Atividade tradutiva deve considerar dois fatores: a distância cultural e a distância lingüística entre o texto que vai ser traduzido (prototexto) e o idioma/cultura do texto que vai ser produzido (metatexto).
As repercussões práticas deste enfoque da tradução são muitas. Em primeiro lugar, a formação do tradutor deve incluir, além dos conhecimentos lingüísticos necessários, o conhecimento específico de uma ou mais culturas da zona lingüística pertinente. Tomaremos o idioma inglês como exemplo.
Na maioria de nossos colégios, o segundo idioma que se ensina, com maior freqüência, é o inglês e, no âmbito de tal ensino, transmitem-se alguns elementos da cultura britânica. Nas faculdades de tradução, os temas culturais relativos à zona lingüística do inglês se referem principalmente à cultura britânica. Este conhecimento é indispensável para os futuros tradutores que se defrontarão com textos britânicos.
Mas, se os textos para tradução pertencem, por exemplo, às literaturas pós-coloniais, ou à literatura anglo-americana, será preciso contar com formação cultural relativa a estes países. Do contrário, o tradutor somente poderia alcançar a parte da tradução que se refira à transcodificação lingüística.
Não existe unanimidade quanto à análise das influências mútuas entre língua e cultura. Segundo o estudioso B. L. Whorf, a língua não é apenas um instrumento que permite expressar aspectos de uma cultura determinada, mas também uma espécie de catálogo, uma sistematização de um conhecimento que, de outro modo, estaria desordenado. Trata-se de uma percepção que contradiz o conceito tradicional de que, na relação entre língua e cultura, a primeira tem somente a função de formular conhecimentos adquiridos, independente da capacidade lingüística. Conforme Whorf, se é o idioma que dá forma e sistematiza o conhecimento, no caso de dois povos ou duas pessoas que falem idiomas distintos, com freqüência terão diferentes concepções do mundo e não somente diferentes formulações dos mesmos conceitos1. Na opinião de M. Dummett, a existência dos objetos depende da língua, é a língua que decide que tipos de objetos se reconhecem como existentes.
Por outro lado, a teoria de Whorf destaca, de forma implícita, a importância decisiva que tem a aprendizagem da língua materna, já que mediante ela o indivíduo aprende os mecanismos para sistematizar a experiência. Segundo esta teoria, a aprendizagem de um idioma estrangeiro também encerra a aprendizagem de um conceito diferente do mundo, de uma percepção diferente da cultura. Whorf acredita que não existe conhecimento sem uma língua materna e que, portanto, os indivíduos multilíngües não possuem um conhecimento unívoco.
Além desta concepção geral das relações língua/experiência/conhecimento, o pensamento de Whorf não é de grande interesse para o âmbito específico do tradutor, porque, quando ele se ocupa especificamente da tradução, se baseia na tradução palavra por palavra2. Do ponto de vista de uma teoria semiótica aplicada à prática da tradução, o fato de que a palavra "neve" corresponda, em esquimó, a uma série de palavras diferente não tem um interesse especial, nem significa que entre um esquimó e nós existam diferenças quanto aos processos intelectuais. Significa apenas que nossa experiência cultural é diferente.
Com Whorf, temos uma nova perspectiva, muito fascinante, segundo a qual a língua não é um mero instrumento expressivo, mas também, e sobretudo, um instrumento de conhecimento. Não nos estenderemos sobre a compreensão do conceito de traduzibilidade, a não ser para frisar que o tradutor interlingüístico deve ter capacidade de compreender uma nova concepção do mundo para cada nova língua-cultura que aprende. Não temos, com Whorf, uma indicação específica sobre a traduzibilidade, enquanto Sapir nos fornece indicações mais precisas sobre o que é ou não traduzível.
Ele é conclusivo ao classificar os textos em relação à tradução. Segundo este famoso lingüista, a arte não lingüística é traduzível, enquanto a arte lingüística não. Sapir estabelece outra distinção entre os textos nos quais prevalece o estrato em que, de maneira intuitiva, catalogamos nossa experiência pessoal (conteúdo latente da língua) e os textos caracterizados pela natureza específica do idioma no qual foram escritos. Os primeiros são, como é óbvio, mais traduzíveis, ao ter uma vinculação menor com a estrutura lingüística específica com que foram formulados3.
Hjelmslev afronta o problema da traduzibilidade dividindo as linguagens em duas categorias: as limitadas, como as linguagens artificiais da matemática, e as não-limitadas, que seriam as linguagens naturais. Segundo este lingüista dinamarquês, a traduzibilidade está garantida entre as linguagens não restringidas (naturais) e também ao se traduzir de uma linguagem restringida para uma não restringida, embora não o inverso:
"Any text in any language, in the widest sense of the word, can be translated into any unrestricted language, whereas this is not true of restricted languages. Everything uttered in Danish can be translated into English, and vice versa, because both of these are unrestricted languages. Everything which has been framed in a mathematical formula can be rendered in English, but it is not true that every English utterance can be rendered in a mathematical formula; this is because the formula language of mathematics is restricted, whereas English language is not4. (Qualquer texto em qualquer língua, no sentido mais amplo da palavra, pode ser traduzido para qualquer língua não restringida, ainda que isto não aconteça com as línguas restringidas. Tudo o que seja expresso em dinamarquês pode ser traduzido para o inglês, e vice-versa, porque são duas línguas não restringidas. Tudo o que se encerre em uma fórmula matemática pode ser expresso em inglês, mas não é possível expressar com fórmulas matemáticas todo enunciado em inglês. Isto é devido ao fato de que a linguagem das fórmulas matemáticas é restringida, embora a língua inglesa não seja).
W. V. Quine é um estudioso da língua que tem dado importante contribuição à teoria da tradução e pode, portanto, ser de grande ajuda para aclarar o conceito de tradução. Quine estabelece uma diferença entre a home language, a que se utiliza em casa, e a native language, a língua materna. Toda pessoa descobre prontamente que a native language de que falam seus compatriotas nem sempre coincide com sua home language e, portanto, para poder entender, é obrigado a submeter seus enunciados a uma tradução radical (radical translation), que permite diferenciar o significado e a pronúncia das mesmas palavras, conforme sejam ditas em família ou no âmbito mais amplo da comunidade que utiliza sua língua5.
O fato de que cada palavra adquire uma pronúncia ou um significado distintos em função do contexto em que é formulada e a conseqüente impossibilidade de formular critérios para uma única tradução possível para cada enunciado dão lugar ao conceito de Quine do caráter indeterminado da tradução (indeterminacy of translation). Dado que a linguagem familiar é a que proporciona a energia para enfrentar a língua dos demais falantes, para se habituar à indeterminação teórica (polissemia) dos significados lingüísticos, a tradução se torna o instrumento principal para aprender a língua e seus matizes semânticos. Por outro lado, um falante competente é sempre um bom "tradutor", em particular no sentido intralingüístico e intracultural, embora este raciocínio, por razões óbvias, não possa ser estendido à tradução interlingüística profissional.
Para Quine, o conceito da tradução se refere em primeiro lugar à tradução intralingüística. Na unidade seguinte, examinaremos o pensamento de outros estudiosos com relação ao conceito da traduzibilidade.
26 - A traduzibilidade (segunda parte)
Na unidade anterior, analisamos algumas das perspectivas sobre tradutologia de Sapir, Whorf e Quine. Há outro grande estudioso que mantêm um ponto de vista original sobre a relação expressão lingüística/consciência: Noam Chomsky [em russo, pronuncia-se "homski", e não "chomski"]1.
Segundo Chomsky, cada frase, antes de ser formulada, é concebida como uma profunda estrutura no interior da mente. Num nível psicológico profundo, na opinião de Chomsky, uma frase em qualquer das línguas naturais tem sempre a mesma estrutura: as diferenças de cada construção lingüística somente se apresentam no aflorar da frase, quando o fenômeno psíquico se converte em fenômeno lingüístico.
A teoria chomskiana postula, assim, a existência de construções conceituais universais elementares, comuns a toda humanidade. Por isso, para Chomsky, a tradução interlingüística (e também a intralingüística) é sempre possível, porque os esquemas lógicos subjacentes nas linguagens naturais são constantes, uniformes. Basta atualizar, de modo diferente, uma mesma estrutura profunda para expressá-la em outro idioma2.
Não é nosso objetivo propor aqui quão afortunada possa ser esta teoria em um campo estritamente lingüístico. Nos limitaremos a observar suas conseqüências para a tradutologia.
A concepção homskiana comporta a separação entre o nível informativo e o nível do estilo. Tudo que deriva das "estruturas profundas" é informação, enquanto que a maneira de expressar tal informação tem uma importância secundária e pertence ao campo dos signos formais3.
Voltando à distinção estabelecida por Hjelmslev entre os planos de expressão e de conteúdo, a tradução sempre possível, segundo Chomsky, é a do conteúdo, enquanto o plano da expressão torna-se mero acessório. É uma concepção que exclui toda tradução literária e, por extensão, todo tipo de tradução de textos que, embora não sejam de natureza literária, possuam alguma característica conotativa. É evidente que, em um texto conotativo, o dominante, segundo Chomsky, está mais ligado à estrutura superficial que à estrutura profunda. Isto significa que, para Chomsky, a possibilidade de traduzir é ilimitada no que diz respeito a textos "fechados", que somente podem ser interpretadas de uma maneira, sem conotações. Ou seja, a uma parte exígua dos textos reais.
Whorf, Quine e Chomsky são lingüistas por formação, mas o problema da traduzibilidade não pode ser enfrentado de modo exaustivo se for limitado a considerações de tipo lingüístico: um texto é um fenômeno cultural que, dentro de sua cultura, exerce e sofre muitas influências. Neste sentido, tanto o original quanto sua tradução compartilham igual importância. Antes de ser lingüística, toda tradução é cultural:
"language, text, and text function are different reflections of a single culture. For that reason, from the point of view of total translation, it is more convenient to speak of culture translatability. The total translatability concept is complementary, comprising many different parameters within its field" 4 (língua, texto e função do texto são reflexos distintos de uma mesma cultura. Por isto, do ponto de vista da tradução total, é mais oportuno falar da traduzibilidade da cultura. A traduzibilidade total é um conceito complementar que abarca muitos parâmetros distintos dentro de seu campo).
Se avançarmos um passo além do dilema da intraduzibilidade lingüística dos textos conotativos, podemos considerar o conceito de traduzibilidade como a possibilidade de funcionamento de um texto como elemento cultural dentro de sua cultura. De um lado, devemos decidir se e de que modo é traduzível a cultura representada em um texto; de outro, temos de saber que relação meta e intertextual o texto tem com a cultura que o recebe, uma vez traduzido.
Outro aspecto fundamental da traduzibilidade é a necessidade que o tradutor sente, às vezes, de tornar mais explícito o significado do texto. O autor do original pode permitir-se algumas ambigüidades, palavras polissêmicas ou expressões, mas não o tradutor, porque o fato de ler o original e de planejar escrevê-lo no idioma e na cultura que o receberá implica um processo de interpretação racional e, na fase de reescrita, a explicação dessa racionalização.
Quando um tradutor não entende uma passagem, uma alusão, uma referência do autor do prototexto, essa incompreensão normalmente se revela na tradução. As características implícitas no prototexto se fazem explícitas no metatexto, e as que não se fazem explícitas formam parte do resíduo ou perda da tradução, devido a uma eleição racional do tradutor ou a sua incompreensão. O ato de traduzir deve não apenas transmitir o conteúdo do original, mas, também, deixar sua estrutura a descoberto5.
"The demonstrative nature of translation as text representation must not be regarded as only subsidiary. On the contrary, it is one of the constitutive features of this subcategory of representatives since it distinguishes translation as a speech act from, for example, interpretation in the form of critical comment, or essay, and similar meta-literary achievements"6. (A natureza reveladora da tradução como representação do texto não deve ser considerada somente subsidiária. Pelo contrário, é uma das características fundamentais desta subcategoria de representações, uma vez que diferencia a tradução como um ato de falar, por exemplo, da interpretação em forma de comentário crítico ou ensaio e outras atividades metaliterárias semelhantes).
Como vemos, segundo Broeck a tradução é, por sua própria natureza racionalizadora, uma forma de interpretação semelhante ao ensaio crítico ou à resenha. Portanto, a tradução neutral não existe. Se cada tradução é um processo de interpretação racional, é oportuno que tal perspectiva crítica se exponha também ao leitor.
Portanto, esta racionalização inscrita no processo tradutivo desempenha também um papel de conseqüências importantes. Na unidade seguinte, veremos de que maneira é possível aproveitar o processo de desvelamento do texto, em lugar de negar a idéia como um fenômeno tão incômodo quanto evidente, com o fim de melhorar a traduzibilidade através de uma gestão racional do resíduo no metatexto.
Bibliografia
BROECK R. VAN DEN Literary Conventions and Translated Literature, in Convention and Innovation in Literature, a cargo de T. D'haen, R. Grübel, H. Lethen, Philadelphia, Benjamins, 1989, p. 57-75.CHOMSKY N. Questions of Form and Interpretation, Lisse, Peter de Ridder, 1975.CHOMSKY N. Reflections on Language, Nova York, Pantheon Books, 1976.NIDA E. Semantic Components, in Babel, 8, 4.TOROP P. La traduzione totale. Ed. de B. Osimo. Módena, Guaraldi Logos, 2000. ISBN 88-8049-195-4. Ed. or. Total´nyj perevod. Tartu, Tartu Ülikooli Kirjastus [Tartu University Press], 1995. ISBN 9985-56-122-8.
1 Chomsky 1976, p. 182.2 Chomsky 1975, p. 37.3 Nida 1962.4 Torop 2000, p. 112.5 Torop 2000, p. 113 f.6 Broeck 1989, p. 59.
Tuesday, March 29, 2005
Poesias pra você
Com Você eu quero...
Por Jeni
Com você eu quero...
Ao deus do amor obedecer
E em meio a esse delírio consciente
permitir que prepares meu corpo
E entregá-lo a você, completamente
Com você eu quero...
Viver a vida plenamente
Como nos versos de Drumond de Andrade
“andar de mãos dadas”
Quando se tem um amor de verdade
Mas o presente é
uma realidade nebulosa e fugidia
assomada à esperança
de me acalmar em meio aos teus e-mails
da madrugada ao sol do meio dia
Meu peito dói de tanto amor
Minha alma sente cada palavra
Virtualmente encaminhada
Mergulhada na delícia desses sonhos
posso dormir então, aliviada
Com você eu quero...
Partilhar e acrescentar todos os dias, cada vez mais
E como dizem os versos de Vinicius de Morais
“Viver cada segundo como nunca mais”
Poema para o meu amor
Por Jeni
Sinto meu amor singrando ao vento
cortando os mares da angústia e do medo
Sobrevivendo ao constante perigo de ser tragado pela ansiedade...
E arremessado pelas rajadas fortes da paixão.
E esse sentimento suave que me tem dominado todas as manhãs
Quando não permito entregar-me à razão das ondas...
É meu prêmio por cumprir a parte sagrada que a todo amor
Cabe.
Let’´s get it on
By Jeni
Por Jeni
Com você eu quero...
Ao deus do amor obedecer
E em meio a esse delírio consciente
permitir que prepares meu corpo
E entregá-lo a você, completamente
Com você eu quero...
Viver a vida plenamente
Como nos versos de Drumond de Andrade
“andar de mãos dadas”
Quando se tem um amor de verdade
Mas o presente é
uma realidade nebulosa e fugidia
assomada à esperança
de me acalmar em meio aos teus e-mails
da madrugada ao sol do meio dia
Meu peito dói de tanto amor
Minha alma sente cada palavra
Virtualmente encaminhada
Mergulhada na delícia desses sonhos
posso dormir então, aliviada
Com você eu quero...
Partilhar e acrescentar todos os dias, cada vez mais
E como dizem os versos de Vinicius de Morais
“Viver cada segundo como nunca mais”
Poema para o meu amor
Por Jeni
Sinto meu amor singrando ao vento
cortando os mares da angústia e do medo
Sobrevivendo ao constante perigo de ser tragado pela ansiedade...
E arremessado pelas rajadas fortes da paixão.
E esse sentimento suave que me tem dominado todas as manhãs
Quando não permito entregar-me à razão das ondas...
É meu prêmio por cumprir a parte sagrada que a todo amor
Cabe.
Let’´s get it on
By Jeni
Let’s get it on
We are here together
our bodies say more and more
we belong to each other forever
Vem comigo meu amor…
Por Jeni
Com você
Tenho noites delirantes
Quando nutres do meu amor
Quando me beijas com teu calor...
Teu rosto sorrindo pra mim
Me dizendo o tempo todo que sim...
Quando nutres do meu amor
Quando me beijas com teu calor...
Teu rosto sorrindo pra mim
Me dizendo o tempo todo que sim...
Somos amantes, namorados...
Dois loucos apaixonados
Repletos de paz
Não há futuro, nem passado
Há um presente parado
onde o tempo não é contado...
O depois é o nosso agora
O agora é o nosso sempre
Fica comigo meu amor
dentro desse sonho
Olha quanto existe lá...
Do melhor que tem a vida
Quando se sabe realmente amar...
Thursday, March 17, 2005
Palavras e Expressões Estrangeiras
"Um Livro informativo, útil e esclarecedor ao mesmo tempo que coloquial, acessivo, divertido e instigante, este livro lista 1557 "estrangeirismos" que entram ou estão entrando na nossa língua portuguesa(...)"
Este livro, assim como seu autor,Luis Augusto Ficher, encara a língua portuguesa - e qualquer outra língua viva - como algo livre de amarras, em constante transformação e, portanto, passível de incorporar novos termos; sem, no entanto, esquecer o momento de subserviência econômica em que vivemos, no qual proliferam modismos lingüísticos exagerados e desnecessários. Com inteligência, humor e ironia, totalmente ilustrado, Dicionário de palavras & expressões estrangeiras é destinado a todos aqueles que, não importando a idade, escolaridade ou especialização, tem curiosidade sobre coisas da linguagem"
Este livro, assim como seu autor,Luis Augusto Ficher, encara a língua portuguesa - e qualquer outra língua viva - como algo livre de amarras, em constante transformação e, portanto, passível de incorporar novos termos; sem, no entanto, esquecer o momento de subserviência econômica em que vivemos, no qual proliferam modismos lingüísticos exagerados e desnecessários. Com inteligência, humor e ironia, totalmente ilustrado, Dicionário de palavras & expressões estrangeiras é destinado a todos aqueles que, não importando a idade, escolaridade ou especialização, tem curiosidade sobre coisas da linguagem"
Friday, March 11, 2005
"Os bichos ensinam"
Estarei lá, e você?
Vamos prestigiar o Odir e nos presentear com uma boa leitura!
Beijos da Jê
Jeni,
O lançamento do livro "Os bichos ensinam" será dia 23 deste mês, > quarta-feira, a partir das 19 horas, na loja Siciliano do Shopping
Higienópolis.
O livro, editado pela Editora Códex, e escrito por mim, traz 30 lições que
extraí da vida de animais em seus habitats naturais. Minha mania de assistir
documentários no Discovery Channel e no National Geographic acabou se
tornando proveitosa.
Há um texto de cerca de 1.500 caracteres para cada história, com uma foto de
página inteira. Quem viu até agora, gostou muito. Acho que é bom para ler,
refletir, e também é um bom presente para um público variado, que vai desde
adolescentes a idosos.
Podemos aprender muito observando a vida dos animais e como eles resolvem
seus problemas básicos, que, na verdade, são os mesmos que nós temos:
alimentar-se, sobreviver, proteger a família, tentar ser um líder...
Bem, se quiser saber mais, estou às ordens. Espero vê-la lá dia 23. Leve os
amigos. O livro é bem baratinho (25 reais) e vai rolar um vinhozinho gelado.
Forte abraço,
Do sempre teu,
Odir Cunha, o Beat
Vamos prestigiar o Odir e nos presentear com uma boa leitura!
Beijos da Jê
Jeni,
O lançamento do livro "Os bichos ensinam" será dia 23 deste mês, > quarta-feira, a partir das 19 horas, na loja Siciliano do Shopping
Higienópolis.
O livro, editado pela Editora Códex, e escrito por mim, traz 30 lições que
extraí da vida de animais em seus habitats naturais. Minha mania de assistir
documentários no Discovery Channel e no National Geographic acabou se
tornando proveitosa.
Há um texto de cerca de 1.500 caracteres para cada história, com uma foto de
página inteira. Quem viu até agora, gostou muito. Acho que é bom para ler,
refletir, e também é um bom presente para um público variado, que vai desde
adolescentes a idosos.
Podemos aprender muito observando a vida dos animais e como eles resolvem
seus problemas básicos, que, na verdade, são os mesmos que nós temos:
alimentar-se, sobreviver, proteger a família, tentar ser um líder...
Bem, se quiser saber mais, estou às ordens. Espero vê-la lá dia 23. Leve os
amigos. O livro é bem baratinho (25 reais) e vai rolar um vinhozinho gelado.
Forte abraço,
Do sempre teu,
Odir Cunha, o Beat
Tuesday, March 08, 2005
Linguajar nas Redações dizem...
que este e-mail foi distribuido pela gerência de recursos humanos da sucursal do Financial Times em São Paulo, acerca do linguajar pouco educado que anda tomando conta das redações da revista no Brasil.Tem gente que se surpreende. O texto está em inglês, mas não é preciso muita intimidade com a idioma do Príncipe Charles para apreciá-lo...
Subject: Improper Language UsageTo: all Portuguese-speaking staffIt has been brought to our attention by several officials visiting our corporate headquarters that offensive language is commonly used by our Portuguese-speaking staff. Such behavior, in addition to violating our policy, is highly unprofessional and offensive to both visitors and colleagues. Staff will IMMEDIATELY adhere to the following rules:1. Words like - CARALHO, CAGADA - and other such expressions will not be used for emphasis, no matter how heated the discussion.2. You will not say -TO CAGANDO E ANDANDO - when someone makes a mistake, or -NAO FAÇA MAIS CAGADAS - if you see somebody either being reprimanded or making a mistake, or - QUE CAGADA - when a major mistake has been made. All forms derived from the verb - CAGAR - are inappropriate in our environment.3. No project manager, section head or administrator, under any circumstances, will be referred to as - O FILHO DA PUTA - ESSE CORNO -, or - O VIADINHO ENGOMADO -.4. Lack of determination will not be referred to as -FALTA DE BOLAS ROXAS -, and neither will persons who lack initiative be referred to as -BOIOLA-, or -MORDE A FRONHA -.5. Unusual or creative ideas from your superiors are not to be referred to as -PUNHETAS MENTAIS -.6. Do not say -PENTELHA - if a person is persistent, or if a task is heavy to accomplish. In a similar way, do not use -FODA-SE-, if a colleague is going through a difficult situation. Furthermore, you must not say - QUE MERDA, FUDEU NEGADA - when matters become complicated.7. When asking someone to leave you alone, you must not say -SAI FORA JABURU -. Do not ever substitute 'May I help you?' with QUE PORRA VOCE QUER -? When things get tough, an acceptable expression such as 'We are going through a difficult time' should be used, rather than ISTO ESTÁ UMA BOSTA - or - O Ó DO BOROGODÓ -8. No salary increase shall be ever referred to as -AUMENTINHO DE MERDA-.9. Under no circumstances should you call our elderly corporate partners los -VELHOS PAPA-ANJO -.10. Last, but not least, after reading this memo please do not say - VOU LIMPAR O +AF8AXw- COM ISTO -. Just keep it clean and dispose of it properly.We hope you will keep these directions in mind.Thank you.Human Resources Director +ACI-PS: This message is confidential. It may also be privileged or otherwise protected by work product immunity or other legal rules. If you have received it by mistake please let us know by reply and then delete it from your system+ADs- you should not copy the message or disclose its contents to anyone.
Monday, February 28, 2005
Desiderata in English
Max Ehrmann
Desiderata
Desiderata
Go placidly amid the noise and haste,and remember what peace there may be in silence.
As far as possible without surrenderbe on good terms with all persons.
Speak your truth quietly and clearly;and listen to others,even the dull and the ignorant;they too have their story.
Avoid loud and aggressive persons,they are vexations to the spirit.
Avoid loud and aggressive persons,they are vexations to the spirit.
If you compare yourself with others,you may become vain and bitter;for always there will be greater and lesser persons than yourself.
Enjoy your achievements as well as your plans.
Keep interested in your own career, however humble;it is a real possession in the changing fortunes of time.
Keep interested in your own career, however humble;it is a real possession in the changing fortunes of time.
Exercise caution in your business affairs;for the world is full of trickery.But let this not blind you to what virtue there is;many persons strive for high ideals;and everywhere life is full of heroism.
Be yourself.Especially, do not feign affection.Neither be cynical about love;for in the face of all aridity and disenchantmentit is as perennial as the grass.
Take kindly the counsel of the years,gracefully surrendering the things of youth.Nurture strength of spirit to shield you in sudden misfortune.But do not distress yourself with dark imaginings.Many fears are born of fatigue and loneliness.Beyond a wholesome discipline,be gentle with yourself.
You are a child of the universe,no less than the trees and the stars;you have a right to be here.And whether or not it is clear to you,no doubt the universe is unfolding as it should.
Therefore be at peace with God,whatever you conceive Him to be,and whatever your labors and aspirations,in the noisy confusion of life keep peace with your soul.
With all its sham, drudgery, and broken dreams,it is still a beautiful world.Be cheerful.Strive to be happy.
Max Ehrmann, Desiderata, Copyright 1952.
Be yourself.Especially, do not feign affection.Neither be cynical about love;for in the face of all aridity and disenchantmentit is as perennial as the grass.
Take kindly the counsel of the years,gracefully surrendering the things of youth.Nurture strength of spirit to shield you in sudden misfortune.But do not distress yourself with dark imaginings.Many fears are born of fatigue and loneliness.Beyond a wholesome discipline,be gentle with yourself.
You are a child of the universe,no less than the trees and the stars;you have a right to be here.And whether or not it is clear to you,no doubt the universe is unfolding as it should.
Therefore be at peace with God,whatever you conceive Him to be,and whatever your labors and aspirations,in the noisy confusion of life keep peace with your soul.
With all its sham, drudgery, and broken dreams,it is still a beautiful world.Be cheerful.Strive to be happy.
Max Ehrmann, Desiderata, Copyright 1952.
Sunday, February 27, 2005
Dr. Flávio Gikovate fala sobre educação nas escolas
Entusiasmo contra a bagunça
O psicoterapeuta Flávio Gikovate afirma que a paixão dos professores por suas matérias e a capacidade de fazê-las atraentes são os melhores remédios para conter alunos indisciplinados e criar um ambiente propício à busca do saber.
Roberta e Marília se juntaram para participar de um debate do Educacional. Em uma frase, resumiram o que pensam: "Achamos que a educação está muito desatualizada e que os professores têm que variar um pouco as aulas." Nada demais se a crítica das alunas tivesse ido parar onde se discutem reformas nas metodologias de ensino, na formação do professor ou as novas tecnologias na educação. Boa parte dos educadores daria o braço a torcer.
Só que onde elas puseram a boca no trombone, o que estava na ordem do dia era a indisciplina em sala de aula. Dissonante à primeira vista, a idéia foi ganhando adeptos, que engrossaram o coro à medida que o debate esquentava. "O grande problema da indisciplina nas escolas se deve à falta de interesse por parte dos alunos pelas aulas que são ministradas."
Até que uma participante, Carolina Miles, levou esse juízo ao limite e decretou sem meias-palavras: "A mesmice acaba com o ânimo de ambos [alunos e professores], gerando frustrações e aborrecimentos que muitas vezes explodem em violência na sala de aula."Em uma coisa o psicoterapeuta Flávio Gikovate está com elas e não abre: existe uma relação entre indisciplina e aulas monótonas e desinteressantes.
Tema polêmico entre pais e professores, muita água já rolou debaixo dessa ponte. Na hora de ver quem paga a conta, é comum que pais culpem as escolas e que as escolas se defendam dizendo que limites se impõem em casa. "Acredito que os pais - e também muitos professores - têm andado muito perdidos. Temos vivido um longo período de revolução cultural e de costumes desde 1968", argumenta.
Na entrevista a seguir, Flávio Gikovate explica por que "é privilégio dos jovens a condição de irresponsabilidade, condição necessária para o exercício da criatividade". Ele diz que a melhor forma de os professores lidarem com isso é caprichar nas aulas e criar um ambiente de estímulo à participação de todos. Para os mais acanhados, vê com bons olhos a criação de grupos de ajuda mútua para elevar a auto-estima dos alunos.
O senhor acredita que as relações em sala de aula ainda devem ter por base a autoridade do professor sobre o aluno?O professor tem que representar, sim, a autoridade. Isso não significa que tenha que ser um tirano. Pelo contrário, terá que se impor pelo fato de despertar a admiração e o respeito dos moços. Para o bem do desenvolvimento emocional e da formação dos jovens, os adultos não devem se furtar a assumir o papel de liderança que lhes cabe.
A imposição de um modelo - do professor ou da direção da escola - não é garantia de adesão por parte dos alunos. Com o maior acesso à informação, os alunos não estariam mais maduros e capazes de participar dessa tomada de decisões a respeito de tarefas e regras em sala de aula?A adesão dos alunos ao modelo proposto pela instituição e pelos professores dependerá da capacidade destes de se fazerem atraentes e de fazerem atraentes os temas que ensinam. É privilégio dos jovens a condição de irresponsabilidade, condição necessária para o exercício da criatividade. Eles devem ser preservados nesse papel "mesmo que lutem para assumir as responsabilidades próprias dos adultos". (Winnicott).
O senhor argumenta que a questão central não é encontrar maneiras de combater a indisciplina, mas criar um ambiente propício e favorável ao aprendizado, capaz de contagiar a todos. Que características/elementos teria esse ambiente?Tudo começa pelo aspecto físico da instituição: asseio, clima voltado para o saber e a seriedade e não o de um empreendimento comercial, modo de se portar, ser e vestir dos professores e auxiliares, etc. Depois, pela força do entusiasmo que os professores consigam transmitir a respeito do amor que têm por suas matérias, a paixão que sintam pelo saber e por uma vida voltada para a participação construtiva no seio de uma dada comunidade. As pessoas jovens captam o ambiente e sabem responder a ele, do mesmo modo que captam o clima de bagunça e oportunismo e também respondem a ele.
O carisma do professor seria um desses elementos? Qual sua opinião sobre o professor que abdica do papel de autoridade máxima da classe para se tornar um líder carismático, um amigo dos alunos, cujo objetivo é cativar a turma?O carisma corresponde a algo que não sabemos definir muito bem. Definitivamente não tem nada a ver com a postura de amizade e companheirismo que alguns professores gostam de ter com seus alunos. Não vejo esse comportamento como indispensável e nem penso que seja nocivo, desde que o professor continue a ser o professor e os alunos, os alunos. Não acho que se deva estabelecer uma relação de igual para igual, principalmente porque esta não é a verdade. O professor cativará a turma se for competente para ensinar e se for uma pessoa digna e admirável.
Muitos alunos temem expor suas dúvidas e outros não participam da aula para não receber a pecha de "CDF". O senhor acredita que essa é uma barreira para a criação do ambiente favorável a que o senhor se refere? O senhor acha que a escola deveria criar grupos de auto-ajuda, com psicólogos, para combater a timidez e elevar a auto-estima dos alunos? Sou muito a favor dos grupos de auto-ajuda no sentido literal da palavra: grupos homogêneos do qual participam criaturas com problemática similar e em que, sob orientação de um profissional qualificado, são debatidos os temas de interesse específico daquela pequena comunidade. É ótimo para jovens, especialmente para aqueles que, por timidez, não participam tanto quanto poderiam das atividades pedagógicas - tanto por vergonha de se mostrarem portadores de limitações que não deveriam mais ter como por medo de serem qualificados de CDF ou outros rótulos aparentemente depreciativos, mas que muitas vezes escondem a inveja. Sempre que os jovens forem capazes de ter comportamentos mais desinibidos vivenciarão um importante acréscimo de auto-estima, o que só acontece quando conseguimos ultrapassar alguma limitação ou obstáculo.
O senhor afirma que o conceito de felicidade está mudando. A felicidade não é mais a busca pelo prazer a todo custo. A felicidade significa alcançar os objetivos a que nos propomos. E para alcançá-los é preciso disciplina... O senhor acredita que os alunos chegam naturalmente a essa conclusão? Qual seria o papel do professor nessa questão?Se as pessoas se conscientizarem que o mais importante na vida é ser feliz e se forem claramente informadas de que a felicidade depende de uma atitude ética, de uma vida que persegue objetivos dignos e produtivos, e de que essa tarefa exige disciplina íntima - vale dizer que quem cobra nosso desempenho somos nós mesmos -, é claro que crescerá o número de moços e moças que tratarão de caminhar por essa estrada. O problema é que as informações que a sociedade transmite aos seus novos membros são contraditórias e muito influenciadas pelo jogo de interesse da indústria e do consumismo em geral. A felicidade parece relacionada com a aquisição de determinados bens e não com o crescimento interior, que é sua fórmula verdadeira. Pais e professores deveriam atualizar seu discurso e ajudar as novas gerações a enveredar por rotas mais consistentes.
O senhor acredita que a transmissão de valores se tornou uma questão importante nas escolas porque os pais delegaram indevidamente esse papel aos professores? Acredito que os pais - e também muitos professores - têm andado muito perdidos. Temos vivido um longo período de revolução cultural e de costumes (desde 1968). Acho que só agora podemos ver com mais clareza para onde estamos caminhando. Acho que só agora podemos pensar com otimismo sobre o futuro próximo e afirmar aos nossos filhos e alunos que uma conduta ética e disciplinada está na raiz da realização dos seus sonhos. Só agora podemos dizer aos nossos jovens que homens e mulheres viverão de uma forma "unissex", em maior concórdia e com menores hostilidades de natureza invejosa. Hoje podemos dizer a eles que o dinheiro é importante, mas que não cabe vendermos a alma ao diabo para termos acesso às riquezas materiais. Hoje podemos aprender com nossos jovens que o sexo é coisa simples e natural e que não implica em dominação de um gênero sobre o outro.
Com a reprovação em baixa e contestada por inúmeros pedagogos, os professores se viram sem um dos principais recursos que, historicamente, serviam para exigir o cumprimento das tarefas e manter a disciplina. De que meios alternativos os professores dispõem para atingir esses objetivos? Penso que nenhum aluno deveria ser aprovado se não for capaz de desenvolver as tarefas escolares a contento. Assim, não penso que se deva abrir mão desse recurso repressivo. A verdade é que muitas pessoas só se comportam de acordo com os valores éticos por medo de represálias. O ideal seria que todos viessem a introjetar valores. Este é um dos objetivos da educação. Porém, enquanto não se atinge esse estágio, é necessário que se usem recursos repressivos, tais como a reprovação, medidas suspensivas contra a indisciplina, etc.
slangs
British Slangs
There are some expressions we are not very familiar with because we only use them in England:
Susan smokes a lot, almost 40 fags a day! (cigarettes)
They drank a lot yesterday; they must have spent more than fifty quid on booze. (quid-pounds / booze-alcohol)
David is always complaining. Last night he kicked up a fuss and went away. (complained a lot)
I was fired and now I am flat broke. (broke / without money)
She told me she was downtown when someone nicked her wallet from her pocket. (stole)
Can I use your mobile, please? ……. Ta. (thank you)
Are you going to pay all this money for that? You must be nuts. (crazy)
There is nothing good on the box on Sundays. (TV)
There are some expressions we are not very familiar with because we only use them in England:
Susan smokes a lot, almost 40 fags a day! (cigarettes)
They drank a lot yesterday; they must have spent more than fifty quid on booze. (quid-pounds / booze-alcohol)
David is always complaining. Last night he kicked up a fuss and went away. (complained a lot)
I was fired and now I am flat broke. (broke / without money)
She told me she was downtown when someone nicked her wallet from her pocket. (stole)
Can I use your mobile, please? ……. Ta. (thank you)
Are you going to pay all this money for that? You must be nuts. (crazy)
There is nothing good on the box on Sundays. (TV)
Sayings: “Knock on Wood”
Sayings: “Knock on Wood”
Have you ever wondered about the origin of the phrase, “knock on wood”? In ancient times, certain trees were worshiped and in Greek mythology, the oak was sacred to Zeus. A similar belief of gods living in trees is also found in Celtic folklore. In both, it was believed that touching one of the sacred trees would bring good fortune. Thus, knocking on any wood became an action through the bring good luck.
Have you ever wondered about the origin of the phrase, “knock on wood”? In ancient times, certain trees were worshiped and in Greek mythology, the oak was sacred to Zeus. A similar belief of gods living in trees is also found in Celtic folklore. In both, it was believed that touching one of the sacred trees would bring good fortune. Thus, knocking on any wood became an action through the bring good luck.
"Palavra de Cérebro"
Palavra de cérebro
Cada frase que você pronuncia, por mais simples que seja, exige que o cérebro realize um trabalho supercomplexo. O mistério da fala humana é o tema do Dr. Dráuzio Varela na viagem pelo interior de uma máquina perfeita: o nosso cérebro.
Uma cirurgia extraordinária! Mesmo com o cérebro completamente exposto, a paciente Sarah precisa estar consciente. Ela tem um tumor muito próximo à região cerebral que controla a linguagem falada, a linguagem verbal. É necessária precisão absoluta na retirada do tumor. Qualquer passo em falso, e Sarah pode nunca mais voltar a falar.
Em casos como esse, o paciente faz parte da equipe. Sob anestesia, mas acordada, consciente, Sarah vai contando números sem parar. Mas, quando o médico estimula a região da fala com um impulso elétrico, ela não consegue continuar a contagem.
A corrente elétrica bloqueia a atividade mental daquela área. Assim que o cirurgião retira o aparelho, Sarah volta a falar. Agora os médicos sabem exatamente o lugar onde o bisturi não pode nem chegar perto. Ali está o precioso centro da linguagem verbal.
A gente não dá muito valor, mas o simples ato de bater papo exige um complexo trabalho mental. Primeiro, é preciso ter dentro do cérebro um grande arquivo de palavras com os seus sons e significados. Mas só isso não basta. É necessário também um outro mecanismo para reconhecer as palavras que lemos e ouvimos e os símbolos que vemos nas ruas.
Isso acontece numa região que os médicos chamam de área de Wernicke. Fica do lado esquerdo do cérebro, logo atrás do ouvido. A área de Wernicke é responsável pela compreensão e pela escolha das palavras que usamos. Sem ela, não conseguiríamos achar as palavras nem entender o que os outros dizem.
Mas não adianta só saber montar a frase na mente. É preciso que ela faça sentido. Aí é que entra uma outra região: a área de Broca.
A área de Broca é responsável pela nossa expressão verbal e escrita. É com essa parte do cérebro que juntamos as sílabas de cada palavra de uma forma coerente. Viver sem a área de Broca é um desafio mental.
Trinta palavras. Isso é tudo o que ex-locutor esportivo Osmar Santos consegue falar nos dias de hoje. Em 1994, ele sofreu um acidente no caminho de Marília para Birigui, no interior de São Paulo. Quando acordou, estava com o lado direito do corpo paralisado. A área de Broca tinha sido destruída. Logo depois do acidente, Osmar não falava nada.
Osmar Santos é conhecido no Brasil inteiro como o homem que falava cem palavras por minuto e, de repente, se viu privado dessa linguagem. Mas ele entende nitidamente tudo o que se fala.
Osmar faz sessões freqüentes de fonoaudiologia. O objetivo é treinar outros neurônios para substituir os que foram destruídos na região da fala.
O cérebro tem uma capacidade enorme de se adaptar. Osmar não pintava nada, e agora pinta, e com a mão esquerda, que não era a mais usada.
É impressionante pensar que, se Osmar tivesse sofrido o mesmo acidente antes dos 7 anos de idade, provavelmente hoje estaria falando como qualquer um de nós. Os neurônios das crianças são capazes de malabarismos incríveis para recuperar funções perdidas.
"É como se eu começasse no meio do mato a abrir uma trilha. A reabilitação na verdade é como se nós fizéssemos com que ele passasse sempre nessa trilha até ela ir se alargando e ir formando uma estrada", explica a fonoaudióloga Clara Hori, que cuida de Osmar.
Osmar diz que não ficou revoltado com o acidente, que considera uma fatalidade. Com esforço ele diz: "Vida, muito bom!"
Persistência e bom humor são as grandes armas de Osmar Santos para abrir mais e mais caminhos alternativos para seus neurônios.
"Cuidar da higiene pessoal, tomar decisões da sua vida pessoal, como escolher a roupa, se vestir. Ele hoje tem uma independência significativa", comenta Oscar Ulisses, irmão de Osmar.
Na Universidade de Washington, nos Estados Unidos, Dr. Ojemann, neurologista, quer mapear os mínimos detalhes das áreas cerebrais da linguagem.
Uma mulher tem um quadro de epilepsia tão grave que precisa ser operada. Assim como na cirurgia que foi apresentada no começo da reportagem, a paciente deve estar acordada para que a região da fala não seja danificada acidentalmente.
Depois de examinar mais de 200 pacientes, Ojemann descobriu que o cérebro arquiva as palavras que aprendemos em grupos separados.
"É o nosso dicionário interno. Então, nós teríamos o volume de nomes próprios, o volume de animais, o volume dos vegetais", explica Lúcia de Mendonça, integrante do Laboratório de Neurolingüística da Universidade de São Paulo (USP).
A língua materna, que a gente aprende quando começa a falar, fica guardada numa região do lobo frontal, no lado esquerdo do cérebro. É a matriz da nossa linguagem.
Quando se aprende uma segunda língua, entra em ação o lado direito do cérebro. É criada uma espécie de "filial" da linguagem, para ajudar a memorizar esse novo dicionário de palavras estrangeiras.
"Na hora em que a aquisição de outra língua se torna quase igual à língua materna, muito provavelmente o aprendizado vai ficar totalmente no lado esquerdo do cérebro", afirma Lúcia.
A nova língua só passa completamente para o lado esquerdo do cérebro, para a matriz da linguagem, quando nós usamos esse idioma com freqüência.
Sem a prática, o dicionário estrangeiro vai sendo aos poucos apagado do lado direito do cérebro. Afinal, o que não é usado, não precisa ser guardado.
Cada frase que você pronuncia, por mais simples que seja, exige que o cérebro realize um trabalho supercomplexo. O mistério da fala humana é o tema do Dr. Dráuzio Varela na viagem pelo interior de uma máquina perfeita: o nosso cérebro.
Uma cirurgia extraordinária! Mesmo com o cérebro completamente exposto, a paciente Sarah precisa estar consciente. Ela tem um tumor muito próximo à região cerebral que controla a linguagem falada, a linguagem verbal. É necessária precisão absoluta na retirada do tumor. Qualquer passo em falso, e Sarah pode nunca mais voltar a falar.
Em casos como esse, o paciente faz parte da equipe. Sob anestesia, mas acordada, consciente, Sarah vai contando números sem parar. Mas, quando o médico estimula a região da fala com um impulso elétrico, ela não consegue continuar a contagem.
A corrente elétrica bloqueia a atividade mental daquela área. Assim que o cirurgião retira o aparelho, Sarah volta a falar. Agora os médicos sabem exatamente o lugar onde o bisturi não pode nem chegar perto. Ali está o precioso centro da linguagem verbal.
A gente não dá muito valor, mas o simples ato de bater papo exige um complexo trabalho mental. Primeiro, é preciso ter dentro do cérebro um grande arquivo de palavras com os seus sons e significados. Mas só isso não basta. É necessário também um outro mecanismo para reconhecer as palavras que lemos e ouvimos e os símbolos que vemos nas ruas.
Isso acontece numa região que os médicos chamam de área de Wernicke. Fica do lado esquerdo do cérebro, logo atrás do ouvido. A área de Wernicke é responsável pela compreensão e pela escolha das palavras que usamos. Sem ela, não conseguiríamos achar as palavras nem entender o que os outros dizem.
Mas não adianta só saber montar a frase na mente. É preciso que ela faça sentido. Aí é que entra uma outra região: a área de Broca.
A área de Broca é responsável pela nossa expressão verbal e escrita. É com essa parte do cérebro que juntamos as sílabas de cada palavra de uma forma coerente. Viver sem a área de Broca é um desafio mental.
Trinta palavras. Isso é tudo o que ex-locutor esportivo Osmar Santos consegue falar nos dias de hoje. Em 1994, ele sofreu um acidente no caminho de Marília para Birigui, no interior de São Paulo. Quando acordou, estava com o lado direito do corpo paralisado. A área de Broca tinha sido destruída. Logo depois do acidente, Osmar não falava nada.
Osmar Santos é conhecido no Brasil inteiro como o homem que falava cem palavras por minuto e, de repente, se viu privado dessa linguagem. Mas ele entende nitidamente tudo o que se fala.
Osmar faz sessões freqüentes de fonoaudiologia. O objetivo é treinar outros neurônios para substituir os que foram destruídos na região da fala.
O cérebro tem uma capacidade enorme de se adaptar. Osmar não pintava nada, e agora pinta, e com a mão esquerda, que não era a mais usada.
É impressionante pensar que, se Osmar tivesse sofrido o mesmo acidente antes dos 7 anos de idade, provavelmente hoje estaria falando como qualquer um de nós. Os neurônios das crianças são capazes de malabarismos incríveis para recuperar funções perdidas.
"É como se eu começasse no meio do mato a abrir uma trilha. A reabilitação na verdade é como se nós fizéssemos com que ele passasse sempre nessa trilha até ela ir se alargando e ir formando uma estrada", explica a fonoaudióloga Clara Hori, que cuida de Osmar.
Osmar diz que não ficou revoltado com o acidente, que considera uma fatalidade. Com esforço ele diz: "Vida, muito bom!"
Persistência e bom humor são as grandes armas de Osmar Santos para abrir mais e mais caminhos alternativos para seus neurônios.
"Cuidar da higiene pessoal, tomar decisões da sua vida pessoal, como escolher a roupa, se vestir. Ele hoje tem uma independência significativa", comenta Oscar Ulisses, irmão de Osmar.
Na Universidade de Washington, nos Estados Unidos, Dr. Ojemann, neurologista, quer mapear os mínimos detalhes das áreas cerebrais da linguagem.
Uma mulher tem um quadro de epilepsia tão grave que precisa ser operada. Assim como na cirurgia que foi apresentada no começo da reportagem, a paciente deve estar acordada para que a região da fala não seja danificada acidentalmente.
Depois de examinar mais de 200 pacientes, Ojemann descobriu que o cérebro arquiva as palavras que aprendemos em grupos separados.
"É o nosso dicionário interno. Então, nós teríamos o volume de nomes próprios, o volume de animais, o volume dos vegetais", explica Lúcia de Mendonça, integrante do Laboratório de Neurolingüística da Universidade de São Paulo (USP).
A língua materna, que a gente aprende quando começa a falar, fica guardada numa região do lobo frontal, no lado esquerdo do cérebro. É a matriz da nossa linguagem.
Quando se aprende uma segunda língua, entra em ação o lado direito do cérebro. É criada uma espécie de "filial" da linguagem, para ajudar a memorizar esse novo dicionário de palavras estrangeiras.
"Na hora em que a aquisição de outra língua se torna quase igual à língua materna, muito provavelmente o aprendizado vai ficar totalmente no lado esquerdo do cérebro", afirma Lúcia.
A nova língua só passa completamente para o lado esquerdo do cérebro, para a matriz da linguagem, quando nós usamos esse idioma com freqüência.
Sem a prática, o dicionário estrangeiro vai sendo aos poucos apagado do lado direito do cérebro. Afinal, o que não é usado, não precisa ser guardado.
Saturday, February 26, 2005
Você é o que você fala
Você é o que você fala
Alessandro Greco
Há mais de 100 anos, Sigmund Freud procurava associar o estado emocional de uma pessoa ao número de vezes que ela usava uma determinada palavra. Era uma trabalho difícil e cansativo, porque o pai da psicanálise precisava contar, catalogar e estudar a falação de seus pacientes – tudo manualmente. Mas em 1993, o psicólogo James Pennebaker, professor da Universidade do Texas, criou o programa Linguistic Inquiry and Word Count (LIWC) para enumerar as palavras e classificá-las. Com base nele, fez três estudos capazes de traçar uma espécie de escala entre expressões mais usadas e estado de espírito de quem as utiliza. O mais recente foi publicado na última terça-feira, 24, no periódico Psychosomatic Medicine. A pesquisa comparou 156 escritos de nove poetas de diversas nacionalidades que cometeram suicídio com 135 textos de outros nove poetas que não se mataram. O resultado foi que os suicidas tinham em comum um padrão de linguagem que mostrava excesso de preocupação com eles próprios e distanciamento de outras pessoas.
Os poetas que se mataram (Jonh Berryman, Hart Crane, Sergei Esenin, Adam L.Gordon, Randall Jarrel, Vladimir Maiakovski, Sylvia Plath, Sarah Teasdale e Anne Sexton) usavam muito mais as palavras "eu", "me" e "meu" e utilizavam muito menos "nós" e "eles" do que o bloco dos que não cometeram suicídio (Robert Lowell, Lawrence Ferlinghetti, Denise Levertov, Adrienne Rich, Matthew Arnold, Edna St. V.Millay, Joyce Kilmer, Boris Pasternak e Osip Mandelstam). Os dois grupos, no entanto, usavam o mesmo número de termos ligados a emoções negativas (tristeza, raiva, culpa) e positivas (alegria, amor, excitação). Em entrevista a no., Pennebaker diz que os resultados da pesquisa podem ser estendidos a qualquer um. "É seguro dizer que as palavras que usamos na linguagem do dia-a-dia refletem quem somos e o que estamos vivendo", disse ele. Os depressivos, por exemplo, tendem a abusar da auto-referência.
O seu estudo mostra a relação entre o uso de certas palavras em poemas e os suicídio de poetas. O senhor acha que essa relação pode ser estendida para pessoas em geral?
James Pennebaker - Temos evidências de que o uso muito grande da primeira pessoa do singular (eu, meu) está ligado a maiores níveis de depressão. Então, sim, é seguro dizer que as palavras que usamos na linguagem do dia-a-dia refletem quem somos e o que estamos vivendo. No caso dos poetas, descobrimos também que a auto-referência se estende por toda a sua obra. Quer dizer, não aumentam com o tempo. Isso indica que a preocupação consigo mesmo que os poetas suicidas apresentavam não se relaciona com o aumento de sua fama ou reconhecimento de sua obra ao longo dos anos. Além disso, o uso da primeira pessoal do plural, que indica uma integração nas relações sociais e interpessoais, foi mais baixa no grupo de poetas suicidas do que no grupo de não-suicidas.
O senhor disse que ficou surpreso, no caso dos poetas, com os resultados obtidos em relação ao número de palavras relacionadas a emoções negativas e positivas. Por quê?
JP - Os poetas que cometeram suicídio usaram mais palavras ligadas à morte do que os não suicidas. Mas surpreendentemente a expressão de emoção positiva e negativa não variou significativamente entre os dois grupos. Na superfície, você poderia pensar que os suicidas iriam expressar um número grande de palavras associadas a emoções negativas (tristeza, raiva, culpa) e pequeno de emoções positivas (alegria, amor, excitação). Isso não acontece. Poetas suicidas e não suicidas usam essa classe de palavras com a mesma freqüência. Acho que isso indica que os problemas enfrentados pelos poetas suicidas são de cunho social e não somente de humor.
Existem palavras ligadas à saúde emocional no longo prazo?
JP - Não uma palavra em particular. Mas há uma forma de lidar com a vida que é refletida na linguagem. Uma pessoa que usa "eu" o tempo todo é provavelmente deprimida e incapaz de olhar além de si mesmo. Alguém que use "nós" é provavelmente mais integrada com as pessoas de seu meio social. Outros estudos que estamos fazendo sugerem que uma pessoa que é capaz de se referir a si mesma e aos outros durante um dia são as mais sadias.
Uma pessoa depressiva pode mudar seu estado emocional alterando a linguagem do dia-a-dia?
JP - É difícil saber. Suspeito que mudanças na linguagem tendem a refletir mudanças no estado emocional. Mas não está claro se podemos mudar a linguagem das pessoas e, consequentemente, modificar seu estado emocional.
É possível distinguir traços da personalidade de uma pessoa analisando sua linguagem?
JP - O uso da linguagem por uma pessoa é uma janela para seus pensamentos e sentimentos mais profundos. Há, obviamente, diferenças entre as línguas, mas dentro de uma mesma cultura, aspectos sutis da linguagem podem nos dizer muito sobre uma pessoa.
Muitas pessoas se referem a elas mesmas na terceira pessoa. Pelé é um caso clássico disso no Brasil. O que isso quer dizer?
JP - Nos Estados Unidos também não é incomum que celebridades ou políticos, como Bob Doyle, que concorreu à Presidência, se refiram a si mesmos na terceira pessoa. Parece-me uma estratégia de distanciamento. Ela permite à pessoa dizer coisas sobre a sua imagem em vez de dizer coisas que ela realmente acredita. Infelizmente no estágio da pesquisa, não podemos dizer com certeza o que isso significa.
Recentemente o senhor publicou também um estudo mostrando os efeitos positivos na saúde das pessoas que falaram e escreveram sobre suas emoções usando o programa LIWC. Como funciona essa relação?
JP - Não sabemos porque escrever ou falar sobre as emoções é tão saudável. A maioria da pesquisas e do pensamento atual sugere que transcrever emoções em linguagem nos ajuda a organizá-las e entendê-las. Isso simplifica essas experiências em nossas mentes, levando-nos a ir em frente com nossa vida. Outra possibilidade é que escrever sobre emoções faça ser mais fácil para nós retornar para uma vida social normal. Manter as coisas secretas, freqüentemente faz com que nos distanciemos das outras pessoas.
Qual a importância do uso do computador no estudo da relação entre linguagem e estado emocional?
JP - Historicamente a análise da relação entre a linguagem e a emoção tem se dado de forma muito lenta. Era preciso um número grande de pessoas para fazer essa ligação.Hoje posso fazer a análise de toda a obra de Shakespeare em 68 segundos com o LIWC. Para fazer isso de forma manual, seria preciso uma equipe de pesquisadores e meses e meses de trabalhos.
No que o senhor está trabalhando agora?
JP - Continuamos nossa pesquisa sobre o uso da linguagem. Queremos entender como as palavras que usamos traem nossos pensamentos e sentimentos. Estamos levando esse trabalho agora para a forma como os políticos falam, músicos escrevem letras e como as pessoas falam umas com as outras na vida diária.
Alessandro Greco
Os poetas que se mataram (Jonh Berryman, Hart Crane, Sergei Esenin, Adam L.Gordon, Randall Jarrel, Vladimir Maiakovski, Sylvia Plath, Sarah Teasdale e Anne Sexton) usavam muito mais as palavras "eu", "me" e "meu" e utilizavam muito menos "nós" e "eles" do que o bloco dos que não cometeram suicídio (Robert Lowell, Lawrence Ferlinghetti, Denise Levertov, Adrienne Rich, Matthew Arnold, Edna St. V.Millay, Joyce Kilmer, Boris Pasternak e Osip Mandelstam). Os dois grupos, no entanto, usavam o mesmo número de termos ligados a emoções negativas (tristeza, raiva, culpa) e positivas (alegria, amor, excitação). Em entrevista a no., Pennebaker diz que os resultados da pesquisa podem ser estendidos a qualquer um. "É seguro dizer que as palavras que usamos na linguagem do dia-a-dia refletem quem somos e o que estamos vivendo", disse ele. Os depressivos, por exemplo, tendem a abusar da auto-referência.
O seu estudo mostra a relação entre o uso de certas palavras em poemas e os suicídio de poetas. O senhor acha que essa relação pode ser estendida para pessoas em geral?
James Pennebaker - Temos evidências de que o uso muito grande da primeira pessoa do singular (eu, meu) está ligado a maiores níveis de depressão. Então, sim, é seguro dizer que as palavras que usamos na linguagem do dia-a-dia refletem quem somos e o que estamos vivendo. No caso dos poetas, descobrimos também que a auto-referência se estende por toda a sua obra. Quer dizer, não aumentam com o tempo. Isso indica que a preocupação consigo mesmo que os poetas suicidas apresentavam não se relaciona com o aumento de sua fama ou reconhecimento de sua obra ao longo dos anos. Além disso, o uso da primeira pessoal do plural, que indica uma integração nas relações sociais e interpessoais, foi mais baixa no grupo de poetas suicidas do que no grupo de não-suicidas.
O senhor disse que ficou surpreso, no caso dos poetas, com os resultados obtidos em relação ao número de palavras relacionadas a emoções negativas e positivas. Por quê?
JP - Os poetas que cometeram suicídio usaram mais palavras ligadas à morte do que os não suicidas. Mas surpreendentemente a expressão de emoção positiva e negativa não variou significativamente entre os dois grupos. Na superfície, você poderia pensar que os suicidas iriam expressar um número grande de palavras associadas a emoções negativas (tristeza, raiva, culpa) e pequeno de emoções positivas (alegria, amor, excitação). Isso não acontece. Poetas suicidas e não suicidas usam essa classe de palavras com a mesma freqüência. Acho que isso indica que os problemas enfrentados pelos poetas suicidas são de cunho social e não somente de humor.
Existem palavras ligadas à saúde emocional no longo prazo?
JP - Não uma palavra em particular. Mas há uma forma de lidar com a vida que é refletida na linguagem. Uma pessoa que usa "eu" o tempo todo é provavelmente deprimida e incapaz de olhar além de si mesmo. Alguém que use "nós" é provavelmente mais integrada com as pessoas de seu meio social. Outros estudos que estamos fazendo sugerem que uma pessoa que é capaz de se referir a si mesma e aos outros durante um dia são as mais sadias.
Uma pessoa depressiva pode mudar seu estado emocional alterando a linguagem do dia-a-dia?
JP - É difícil saber. Suspeito que mudanças na linguagem tendem a refletir mudanças no estado emocional. Mas não está claro se podemos mudar a linguagem das pessoas e, consequentemente, modificar seu estado emocional.
É possível distinguir traços da personalidade de uma pessoa analisando sua linguagem?
JP - O uso da linguagem por uma pessoa é uma janela para seus pensamentos e sentimentos mais profundos. Há, obviamente, diferenças entre as línguas, mas dentro de uma mesma cultura, aspectos sutis da linguagem podem nos dizer muito sobre uma pessoa.
Muitas pessoas se referem a elas mesmas na terceira pessoa. Pelé é um caso clássico disso no Brasil. O que isso quer dizer?
JP - Nos Estados Unidos também não é incomum que celebridades ou políticos, como Bob Doyle, que concorreu à Presidência, se refiram a si mesmos na terceira pessoa. Parece-me uma estratégia de distanciamento. Ela permite à pessoa dizer coisas sobre a sua imagem em vez de dizer coisas que ela realmente acredita. Infelizmente no estágio da pesquisa, não podemos dizer com certeza o que isso significa.
Recentemente o senhor publicou também um estudo mostrando os efeitos positivos na saúde das pessoas que falaram e escreveram sobre suas emoções usando o programa LIWC. Como funciona essa relação?
JP - Não sabemos porque escrever ou falar sobre as emoções é tão saudável. A maioria da pesquisas e do pensamento atual sugere que transcrever emoções em linguagem nos ajuda a organizá-las e entendê-las. Isso simplifica essas experiências em nossas mentes, levando-nos a ir em frente com nossa vida. Outra possibilidade é que escrever sobre emoções faça ser mais fácil para nós retornar para uma vida social normal. Manter as coisas secretas, freqüentemente faz com que nos distanciemos das outras pessoas.
Qual a importância do uso do computador no estudo da relação entre linguagem e estado emocional?
JP - Historicamente a análise da relação entre a linguagem e a emoção tem se dado de forma muito lenta. Era preciso um número grande de pessoas para fazer essa ligação.Hoje posso fazer a análise de toda a obra de Shakespeare em 68 segundos com o LIWC. Para fazer isso de forma manual, seria preciso uma equipe de pesquisadores e meses e meses de trabalhos.
No que o senhor está trabalhando agora?
JP - Continuamos nossa pesquisa sobre o uso da linguagem. Queremos entender como as palavras que usamos traem nossos pensamentos e sentimentos. Estamos levando esse trabalho agora para a forma como os políticos falam, músicos escrevem letras e como as pessoas falam umas com as outras na vida diária.
Saturday, February 19, 2005
Biobrafia de Chomsky
Biografia de Chomsky: Noam Avram Chomsky
Nasceu na Philadelphia, Pennsylvania em 7 de Dezembro de 1928. Ele começou a estudar cedo no Oak Lane Country Day School e no Central High School. Ele continuou seus estudos na Universidade da Pennsylvania onde ele estudou lingüística, matemática, e filosofia. Em 1955, ele tornou-se Ph. D. na Universidade da Pennsylvania, entretanto, a maioria das suas pesquisas que o levou a este grau foi feita na Universidade de Harvard entre 1951 e 1955. Após receber a sua graduação, Chomsky passou a lecionar no Massachusetts Institute of Technology, onde ele conquistou a Ferrari P. Ward Chair of Modern Language and Linguistics. Noam casou-se com Carol Schatz, em 24 Dezembro de 1949 e teve dois filhos. Noam teve uma grande reputação em lingüística. Aprendeu alguns dos princípios históricos da lingüistica com o seu pai, William. Entre suas muitas realizações, o mais famoso foi o seu trabalho com a gramática generativa, que tornou-se de interesse na lógica moderna e em fundações matemáticas. Tornou-se conhecido como um dos fundadores principais da transformational-generative grammar (gramática transformadora-generativa) , um sistema da análise lingüística que desafia muito a lingüística tradicional e tem muito haver com filosofia, lógica, e psicolingüística. Seu livro Syntactic Structures (1957), revolucionou a lingüística. A teoria de Chomsky sugere que toda declaração humana tem duas estruturas: estrutura de superfície, a superficial combinando com as palavras, e " estrutura funda," que são regras universais e mecanismos. Em termos mais práticos, a teoria discute que os meios para adquirir uma língua é inata em todos seres humanos e são provocados tão logo um "infante" começa aprender os princípios básicos de uma língua. Chomsky desde cedo começou a promover sua crítica radical contra a política, sociedade e economia americana, particularmente a política externa americana. Opôs-se firmemente à Guerra do Vietnã e mais tarde à Guerra do Golfo Pérsico, escrevendo American Power and the New Mandarins (1969) e Human Rights and American Foreign Policy (1978).
A "Língua" por Luiz Zanin Oricchio
Quem pôde assistir esse documentário se deu muito bem!
Quem pôde assistir esse documentário se deu muito bem!
JeniPor Luiz Zanin Oricchio
"Todos os dias 200 milhões de pessoas sonham em Português. Esse é o número de lusófanos, espalhados por países como Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné Bissau, Cabo Verde e outros. Língua, documentário de Victor Lopes, é uma bela e criativa homenagem ao nosso idioma. Anda com sua câmera por esses países todos e registra o nosso patrimônio comum - a fala das pessoas. Lopes quer registrar os ilustres falantes do português, como os escritores Mia Couto de Moçambique, José Saramago, de Portugal, ou João Ubaldo Ribeiro, do Brasil. Mas tem gosto também pela fala do homem do povo, por exemplo, comparativamente, a presença do consagrado João Ubaldo, é menor que a de um humilde baleiro e pregador Evangélico do Rio de Janeiro. A escolha tem seus motivos, não adianta você falar só com escritores, em tese, guardiões da norma culta do idioma. Mas o sabor da língua viva, falada nas ruas e nos botecos, é insubstituível. E o pregador é o máximo. Ele conta um pouco da sua vida, que frequentou na bandidagem, bebia e cheirava, e então, encontrou Jesus. E, encontrando Jesus, passou a ler a Bíblia e adotou o Jargão dos pregadores. Sua fala é uma mescla do fraseado da rua com uma norma culta adquirida tarde na vida. Um achado. Vitor Lopes vai atrás de gente assim. Fala com rappers e com um desativador de minas em Moçambique. Vai a um Shopping Center de Lisboa e conversa com jovens em geral vindos da África. Encontra descendentes Portugueses em Goa, na Índia, e descobre que estes falam o português como uma espécie de culto ao tempo passado. Segue para o Japão e ouve os dekasseguis. Fica sabendo que aqueles brasileiros de olhos puxados, que foram para a terra dos seus avôs em troca de alguns ienes, sonham em voltar para o país natal. Quando podem, fazem churrasco e batucam um samba. E, acima de tudo, falam seu idioma, o português, ponte para um país que ficou na saudade e no outro lado do mundo. Mia Couto acha que o Português é a língua européia da maior vivacidade. Isso pela multiplicidade das culturas que a praticam e as variantes que daí decorrem. Mas qualquer que seja essa variabilidade, um brasileiro se entende perfeitamente com um africano de Luanda ou com um indiano de Goa. A língua é um fator de unificação e identidade - essa palavra tão execrada mas que quer dizer só isso, que as pessoas se reconhecem como participantes de uma tradição comum, que as engloba e é maior do que elas enquanto indivíduos." "Língua Portuguesa é um organismo vivo e por isso muda" João Ubaldo
"Todos os dias 200 milhões de pessoas sonham em Português. Esse é o número de lusófanos, espalhados por países como Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné Bissau, Cabo Verde e outros. Língua, documentário de Victor Lopes, é uma bela e criativa homenagem ao nosso idioma. Anda com sua câmera por esses países todos e registra o nosso patrimônio comum - a fala das pessoas. Lopes quer registrar os ilustres falantes do português, como os escritores Mia Couto de Moçambique, José Saramago, de Portugal, ou João Ubaldo Ribeiro, do Brasil. Mas tem gosto também pela fala do homem do povo, por exemplo, comparativamente, a presença do consagrado João Ubaldo, é menor que a de um humilde baleiro e pregador Evangélico do Rio de Janeiro. A escolha tem seus motivos, não adianta você falar só com escritores, em tese, guardiões da norma culta do idioma. Mas o sabor da língua viva, falada nas ruas e nos botecos, é insubstituível. E o pregador é o máximo. Ele conta um pouco da sua vida, que frequentou na bandidagem, bebia e cheirava, e então, encontrou Jesus. E, encontrando Jesus, passou a ler a Bíblia e adotou o Jargão dos pregadores. Sua fala é uma mescla do fraseado da rua com uma norma culta adquirida tarde na vida. Um achado. Vitor Lopes vai atrás de gente assim. Fala com rappers e com um desativador de minas em Moçambique. Vai a um Shopping Center de Lisboa e conversa com jovens em geral vindos da África. Encontra descendentes Portugueses em Goa, na Índia, e descobre que estes falam o português como uma espécie de culto ao tempo passado. Segue para o Japão e ouve os dekasseguis. Fica sabendo que aqueles brasileiros de olhos puxados, que foram para a terra dos seus avôs em troca de alguns ienes, sonham em voltar para o país natal. Quando podem, fazem churrasco e batucam um samba. E, acima de tudo, falam seu idioma, o português, ponte para um país que ficou na saudade e no outro lado do mundo. Mia Couto acha que o Português é a língua européia da maior vivacidade. Isso pela multiplicidade das culturas que a praticam e as variantes que daí decorrem. Mas qualquer que seja essa variabilidade, um brasileiro se entende perfeitamente com um africano de Luanda ou com um indiano de Goa. A língua é um fator de unificação e identidade - essa palavra tão execrada mas que quer dizer só isso, que as pessoas se reconhecem como participantes de uma tradição comum, que as engloba e é maior do que elas enquanto indivíduos." "Língua Portuguesa é um organismo vivo e por isso muda" João Ubaldo
The story of tea
It's is a very interesting subject.The Legendary Origins of Tea
The story of tea began in ancient China over 5,000 years ago. According to legend, Shen Nung, an early emperor was a skilled ruler, creative scientist and patron of the arts. His far-sighted edicts required, among other things, that all drinking water be boiled as a hygienic precaution. One summer day while visiting a distant region of his realm, he and the court stopped to rest. In accordance with his ruling, the servants began to boil water for the court to drink. Dried leaves from the near by bush fell into the boiling water, and a brown liquid was infused into the water. As a scientist, the Emperor was interested in the new liquid, drank some, and found it very refreshing. And so, according to legend, tea was created. (This myth maintains such a practical narrative, that many mythologists believe it may relate closely to the actual events, now lost in ancient history.) The Chinese Influence Tea consumption spread throughout the Chinese culture reaching into every aspect of the society. In 800 A.D. Lu Yu wrote the first definitive book on tea, the Ch'a Ching. This amazing man was orphaned as a child and raised by scholarly Buddhist monks in one of China's finest monasteries. However, as a young man, he rebelled against the discipline of priestly training which had made him a skilled observer. His fame as a performer increased with each year, but he felt his life lacked meaning. Finally, in mid-life, he retired for five years into seclusion. Drawing from his vast memory of observed events and places, he codified the various methods of tea cultivation and preparation in ancient China. The vast definitive nature of his work, projected him into near sainthood within his own lifetime. Patronized by the Emperor himself, his work clearly showed the Zen Buddhist philosophy to which he was exposed as a child. It was this form of tea service that Zen Buddhist missionaries would later introduce to imperial Japan. BACK TO TOP The Japanese Influence The first tea seeds were brought to Japan by the returning Buddhist priest Yeisei, who had seen the value of tea in China in enhancing religious mediation. As a result, he is known as the "Father of Tea" in Japan. Because of this early association, tea in Japan has always been associated with Zen Buddhism. Tea received almost instant imperial sponsorship and spread rapidly from the royal court and monasteries to the other sections of Japanese society. Tea was elevated to an art form resulting in the creation of the Japanese Tea Ceremony ("Cha-no-yu" or "the hot water for tea"). The best description of this complex art form was probably written by the Irish-Greek journalist-historian Lafcadio Hearn, one of the few foreigners ever to be granted Japanese citizenship during this era. He wrote from personal observation, "The Tea ceremony requires years of training and practice to graduate in art...yet the whole of this art, as to its detail, signifies no more than the making and serving of a cup of tea. The supremely important matter is that the act be performed in the most perfect, most polite, most graceful, most charming manner possible". Such a purity of form, of expression prompted the creation of supportive arts and services. A special form of architecture (chaseki) developed for "tea houses", based on the duplication of the simplicity of a forest cottage. The cultural/artistic hostesses of Japan, the Geishi, began to specialize in the presentation of the tea ceremony. As more and more people became involved in the excitement surrounding tea, the purity of the original Zen concept was lost. The tea ceremony became corrupted, boisterous and highly embellished. "Tea Tournaments" were held among the wealthy where nobles competed among each other for rich prizes in naming various tea blends. Rewarding winners with gifts of silk, armor, and jewelry was totally alien to the original Zen attitude of the ceremony. Three great Zen priests restored tea to its original place in Japanese society: Ikkyu (1394-1481)-a prince who became a priest and was successful in guiding the nobles away from their corruption of the tea ceremony. Murata Shuko (1422-1502)-the student of Ikkyu and very influential in re-introducing the Tea ceremony into Japanese society. Sen-no Rikkyu (1521-1591)-priest who set the rigid standards for the ceremony, largely used intact today. Rikyo was successful in influencing the Shogun Toyotomi Hideyoshi, who became Japan's greatest patron of the "art of tea". A brilliant general, strategist, poet, and artist this unique leader facilitated the final and complete integration of tea into the pattern of Japanese life. So complete was this acceptance, that tea was viewed as the ultimate gift, and warlords paused for tea before battles. BACK TO TOP Europe Learns of Tea While tea was at this high level of development in both Japan and China, information concerning this then unknown beverage began to filter back to Europe. Earlier caravan leaders had mentioned it, but were unclear as to its service format or appearance. (One reference suggests the leaves be boiled, salted, buttered, and eaten!) The first European to personally encounter tea and write about it was the Portuguese Jesuit Father Jasper de Cruz in 1560. Portugal, with her technologically advanced navy, had been successful in gaining the first right of trade with China. It was as a missionary on that first commercial mission that Father de Cruz had tasted tea four years before. The Portuguese developed a trade route by which they shipped their tea to Lisbon, and then Dutch ships transported it to France, Holland, and the Baltic countries. (At that time Holland was politically affiliated with Portugal. When this alliance was altered in 1602, Holland, with her excellent navy, entered into full Pacific trade in her own right.) BACK TO TOP Tea Comes to Europe When tea finally arrived in Europe, Elizabeth I had more years to live, and Rembrandt was only six years old. Because of the success of the Dutch navy in the Pacific, tea became very fashionable in the Dutch capital, the Hague. This was due in part to the high cost of the tea (over $100 per pound) which immediately made it the domain of the wealthy. Slowly, as the amount of tea imported increased, the price fell as the volume of sale expanded. Initially available to the public in apothecaries along with such rare and new spices as ginger and sugar, by 1675 it was available in common food shops throughout Holland. As the consumption of tea increased dramatically in Dutch society, doctors and university authorities argued back and forth as to the negative and/or positive benefits of tea. Known as "tea heretics", the public largely ignored the scholarly debate and continued to enjoy their new beverage though the controversy lasted from 1635 to roughly 1657. Throughout this period France and Holland led Europe in the use of tea. As the craze for things oriental swept Europe, tea became part of the way of life. The social critic Marie de Rabutin-Chantal, the Marquise de Seven makes the first mention in 1680 of adding milk to tea. During the same period, Dutch inns provided the first restaurant service of tea. Tavern owners would furnish guests with a portable tea set complete with a heating unit. The independent Dutchman would then prepare tea for himself and his friends outside in the tavern's garden. Tea remained popular in France for only about fifty years, being replaced by a stronger preference for wine, chocolate, and exotic coffees. BACK TO TOP Tea Comes to America By 1650 the Dutch were actively involved in trade throughout the Western world. Peter Stuyvesant brought the first tea to America to the colonists in the Dutch settlement of New Amsterdam (later re-named New York by the English). Settlers here were confirmed tea drinkers. And indeed, on acquiring the colony, the English found that the small settlement consumed more tea at that time then all of England put together. BACK TO TOP Tea Arrives in England Great Britain was the last of the three great sea-faring nations to break into the Chinese and East Indian trade routes. This was due in part to the unsteady ascension to the throne of the Stuarts and the Cromwellian Civil War. The first samples of tea reached England between 1652 and 1654. Tea quickly proved popular enough to replace ale as the national drink of England. As in Holland, it was the nobility that provided the necessary stamp of approval and so insured its acceptance. King Charles II had married, while in exile, the Portuguese Infanta Catherine de Braganza (1662). Charles himself had grown up in the Dutch capital. As a result, both he and his Portuguese bride were confirmed tea drinkers. When the monarchy was re-established, the two rulers brought this foreign tea tradition to England with them. As early as 1600 Elizabeth I had founded the John company for the purpose of promoting Asian trade. When Catherine de Braganza married Charles she brought as part of her dowry the territories of Tangier and Bombay. Suddenly, the John Company had a base of operations. BACK TO TOP The John Company The John Company was granted the unbelievably wide monopoly of all trade east of the Cape of Good Hope and west of Cape Horn. Its powers were almost without limit and included among others the right to: Legally acquire territory and govern it. Coin money. Raise arms and build forts. Form foreign alliances. Declare war. Conclude peace. Pass laws. Try and punish law breakers. It was the single largest, most powerful monopoly to ever exist in the world. And its power was based on the importation of tea. At the same time, the newer East India Company floundered against such competition. Appealing to Parliament for relief, the decision was made to merge the John Company and the East India Company (1773). Their re-drafted charts gave the new East India Company a complete and total trade monopoly on all commerce in China and India. As a result, the price of tea was kept artificially high, leading to later global difficulties for the British crown. BACK TO TOP Afternoon Tea in England Tea mania swept across England as it had earlier spread throughout France and Holland. Tea importation rose from 40,000 pounds in 1699 to an annual average of 240,000 pounds by 1708. Tea was drunk by all levels of society. Prior to the introduction of tea into Britain, the English had two main meals-breakfast and dinner. Breakfast was ale, bread and beef. Dinner was a long, massive meal at the end of the day. It was no wonder that Anna, the Duchess of Bedford (1788-1861) experienced a "sinking feeling" in the late afternoon. Adopting the European tea service format, she invited friends to join her for an additional afternoon meal at five o'clock in her rooms at Belvoir Castle. The menu centered around small cakes, bread and butter sandwiches, assorted sweets, and, of course, tea. This summer practice proved so popular, the Duchess continued it when she returned to London, sending cards to her friends asking them to join her for "tea and a walking the fields." (London at that time still contained large open meadows within the city.) The practice of inviting friends to come for tea in the afternoon was quickly picked up by other social hostesses. A common pattern of service soon merged. The first pot of tea was made in the kitchen and carried to the lady of the house who waited with her invited guests, surrounded by fine porcelain from China. The first pot was warmed by the hostess from a second pot (usually silver) that was kept heated over a small flame. Food and tea was then passed among the guests, the main purpose of the visiting being conversation. BACK TO TOP Tea Cuisine Tea cuisine quickly expanded in range to quickly include wafer thin crustless sandwiches, shrimp or fish pates, toasted breads with jams, and regional British pastries such as scones (Scottish) and crumpets (English). At this time two distinct forms of tea services evolved: "High" and "Low". "Low" Tea (served in the low part of the afternoon) was served in aristocratic homes of the wealthy and featured gourmet tidbits rather than solid meals. The emphasis was on presentation and conversation. "High" Tea or "Meat Tea" was the main or "High" meal of the day. It was the major meal of the middle and lower classes and consisted of mostly full dinner items such as roast beef, mashed potatoes, peas, and of course, tea. BACK TO TOP Coffee Houses Tea was the major beverage served in the coffee houses, but they were so named because coffee arrived in England some years before tea. Exclusively for men, they were called "Penny Universities" because for a penny any man could obtain a pot of tea, a copy of the newspaper, and engage in conversation with the sharpest wits of the day. The various houses specialized in selected areas of interest, some serving attorneys, some authors, others the military. They were the forerunner of the English gentlemen's private club. One such beverage house was owned by Edward Lloyd and was favored by shipowners, merchants and marine insurers. That simple shop was the origin of Lloyd's, the worldwide insurance firm. Attempts to close the coffee houses were made throughout the eighteenth century because of the free speech they encouraged, but such measures proved so unpopular they were always quickly revoked. BACK TO TOP Tea Gardens Experiencing the Dutch "tavern garden teas", the English developed the idea of Tea Gardens. Here ladies and gentlemen took their tea out of doors surrounded by entertainment such as orchestras, hidden arbors, flowered walks, bowling greens, concerts, gambling, or fireworks at night. It was at just such a Tea Garden that Lord Nelson, who defeated Napoleon by sea, met the great love of his life, Emma, later Lady Hamilton. Women were permitted to enter a mixed, public gathering for the first time without social criticism. As the gardens were public, British society mixed here freely for the first time, cutting across lines of class and birth. Tipping as a response to proper service developed in the Tea Gardens of England. Small, locked wooden boxes were placed on the tables throughout the Garden. Inscribed on each were the letters "T.I.P.S." which stood for the sentence "To Insure Prompt Service". If a guest wished the waiter to hurry (and so insure the tea arrived hot from the often distant kitchen) he dropped a coin into the box on being seated "to insure prompt service". Hence, the custom of tipping servers was created. BACK TO TOP Russian Tea Tradition Imperial Russia was attempting to engage China and Japan in trade at the same time as the East Indian Company. The Russian interest in tea began as early as 1618 when the Chinese embassy in Moscow presented several chests of tea to Czar Alexis. By 1689 the Trade Treaty of Newchinsk established a common border between Russia and China, allowing caravans to then cross back and forth freely. Still, the journey was not easy. The trip was 11,000 miles long and took over sixteen months to complete. The average caravan consisted of 200 to 300 camels. As a result of such factors, the cost of tea was initially prohibitive and available only to the wealthy. By the time Catherine the Great died (1796), the price had dropped some, and tea was spreading throughout Russian society. Tea was ideally suited to Russian life: hearty, warm, and sustaining. The samovar, adopted from the Tibetan "hot pot", is a combination bubbling hot water heater and tea pot. Placed in the center of the Russian home, it could run all day and serve up to forty cups of tea at a time. Again showing the Asian influence in the Russian culture, guests sipped their tea from glasses in silver holders, very similar to Turkish coffee cups. The Russians have always favored strong tea highly sweetened with sugar, honey, or jam. With the completion of the Trans-Siberian Railroad in 1900, the overland caravans were abandoned. Although the Revolution intervened in the flow of the Russian society, tea remained a staple throughout. Tea (along with vodka) is the national drink of the Russians today. BACK TO TOP Tea and America It was not until 1670 that English colonists in Boston became aware of tea, and it was not publicly available for sale until twenty years later. Tea Gardens were first opened in New York City, already aware of tea as a former Dutch colony. The new Gardens were centered around the natural springs, which the city fathers now equipped with pumps to facilitate the "tea craze". The most famous of these "tea springs" was at Roosevelt and Chatham (later Park Row Street). By 1720 tea was a generally accepted staple of trade between the Colony and the Mother country. It was especially a favorite of colonial women, a factor England was to base a major political decision on later. Tea trade was centered in Boston, New York, and Philadelphia, future centers of American rebellion. As tea was heavily taxed, even at this early date, contraband tea was smuggled into the colonies by the independent minded American merchants from ports far away and adopted herbal teas from the Indians. The directors of the then John Company (to merge later with the East India Company) fumed as they saw their profits diminish and they pressured Parliament to take action. It was not long in coming. BACK TO TOP Tea and the American Revolution England had recently completed the French and Indian War, fought, from England's point of view, to free the colony from French influence and stabilize trade. It was the feeling of Parliament that as a result, it was not unreasonable that the colonists shoulder the majority of the cost. After all, the war had been fought for their benefit. Charles Townshend presented the first tax measures which today are known by his name. They imposed a higher tax on newspapers (which they considered far too outspoken in America), tavern licenses (too much free speech there), legal documents, marriage licenses, and docking papers. The colonists rebelled against taxes imposed upon them without their consent and which were so repressive. New, heavier taxes were leveled by Parliament for such rebellion. Among these was, in June 1767, the tea tax that was to become the watershed of America's desire for freedom. (Townshend died three months later of a fever never to know his tax measures helped create a free nation.) The colonists rebelled and openly purchased imported tea, largely Dutch in origin. The John company, already in deep financial trouble saw its profits fall even further. By 1773 the John Company merged with the East India Company for structural stability and pleaded with the Crown for assistance. The new Lord of the Treasury, Lord North, as a response to this pressure, granted to the new Company permission to sell directly to the colonists, by-passing the colonial merchants and pocketing the difference. In plotting this strategy, England was counting on the well known passion among American women for tea to force consumption. It was a major miscalculation. Throughout the colonies, women pledged publicly at meetings and in newspapers not to drink English sold tea until their free rights (and those of their merchant husbands) were restored. BACK TO TOP The Boston Tea Party By December 16 events had deteriorated enough that the men of Boston, dressed as Indians (remember the original justification for taxation had been the expense of the French and Indian War) threw hundreds of pounds of tea into the harbor: The Boston Tea Party. Such leading citizens as Samuel Adams and John Hancock took part. England had had enough. In retaliation, the port of Boston was closed and the city occupied by royal troops. The colonial leaders met and revolution was declared. BACK TO TOP The Trade Continued in the Orient Though concerned over developments in America, English tea interests still centered on the product's source-the Orient. There the trading of tea had become a way of life, developing its own language known as "Pidgin English". Created solely to facilitate commerce, the language was composed of English, Portuguese, and Indian words all pronounced in Chinese. Indeed, the word "Pidgin" is a corrupted form of the Chinese word for "do business". So dominant was the tea culture within the English speaking cultures that many of these words came to hold a permanent place in our language. "Mandarin" (from the Portuguese "mandar" meaning to order) - the court official empowered by the emperor to trade tea. "Cash" (from the Portuguese "caixa" meaning case or money box)-the currency of tea transactions. "Caddy" (from the Chinese word for one pound weight)-the standard tea trade container. "Chow" (from the Indian word for food cargo)-slang for food. BACK TO TOP The Opium Wars Not only was language a problem, but so was the currency. Vast sums of money were spent on tea. To take such large amounts of money physically out of England would have financially collapsed the country and been impossible to transport safely half way around the world. With plantations in newly occupied India, the John Company saw a solution. In India they could grow the inexpensive crop of opium and use it as a means of exchange. Because of its addictive nature, the demand for the drug would be lifelong, insuring an unending market. Chinese emperors tried to maintain the forced distance between the Chinese people and the "devils". But disorder in the Chinese culture and foreign military might prevented it. The Opium Wars broke out with the English ready to go to war for free trade (their right to sell opium). By 1842 England had gained enough military advantages to enable her to sell opium in China undisturbed until 1908. BACK TO TOP America Enters the Tea Trade The first three American millionaires, T. H. Perkins of Boston, Stephen Girard of Philadelphia, and John Jacob Astor of New York, all made their fortunes in the China trade. America began direct trade with China soon after the Revolution was over in 1789. America's newer, faster clipper ships outsailed the slower, heavier English "tea wagons" that had until then dominated the trade. This forced the English navy to update their fleet, a fact America would have to address in the War of 1812. The new American ships established sailing records that still stand for speed and distance. John Jacob Astor began his tea trading in 1800. He required a minimum profit on each venture of 50% and often made 100%. Stephen Girard of Philadelphia was known as the "gentle tea merchant". His critical loans to the young (and still weak) American government enabled the nation to re-arm for the War of 1812. The orphanage founded by him still perpetuates his good name. Thomas Perkins was from one of Boston's oldest sailing families. The Chinese trust in him as a gentleman of his word enabled him to conduct enormous transactions half way around the world without a single written contract. His word and his handshake was enough so great was his honor in the eyes of the Chinese. It is to their everlasting credit that none of these men ever paid for tea with opium. America was able to break the English tea monopoly because its ships were faster and America paid in gold. BACK TO TOP The Clipper Days By the mid-1800's the world was involved in a global clipper race as nations competed with each other to claim the fastest ships. England and America were the leading rivals. Each year the tall ships would race from China to the Tea Exchange in London to bring in the first tea for auction. Though beginning half way around the world, the mastery of the crews was such that the great ships often raced up the Thames separated by only by minutes. But by 1871 the newer steamships began to replace these great ships. BACK TO TOP Global Tea Plantations Develop The Scottish botanist/adventurer Robert Fortune, who spoke fluent Chinese, was able to sneak into mainland China the first year after the Opium War. He obtained some of the closely guarded tea seeds and made notes on tea cultivation. With support from the Crown, various experiments in growing tea in India were attempted. Many of these failed due to bad soil selection and incorrect planting techniques, ruining many a younger son of a noble family. Through each failure, however, the technology was perfected. Finally, after years of trial and error, fortunes made and lost, the English tea plantations in India and other parts of Asia flourished. The great English tea marketing companies were founded and production mechanized as the world industrialized in the late 1880's. BACK TO TOP Tea Inventions in America: Iced Tea and Teabags America stabilized her government, strengthened her economy, and expanded her borders and interests. By 1904 the United States was ready for the world to see her development at the St. Louis World's Fair. Trade exhibitors from around the world brought their products to America's first World's Fair. One such merchant was Richard Blechynden, a tea plantation owner. Originally, he had planned to give away free samples of hot tea to fair visitors. But when a heat wave hit, no one was interested. To save his investment of time and travel, he dumped a load of ice into the brewed tea and served the first "iced tea". It was (along with the Egyptian fan dancer) the hit of the Fair. Four years later, Thomas Sullivan of New York developed the concept of "bagged tea". As a tea merchant, he carefully wrapped each sample delivered to restaurants for their consideration. He recognized a natural marketing opportunity when he realized the restaurants were brewing the samples "in the bags" to avoid the mess of tea leaves in the kitchens. BACK TO TOP Tea Rooms, Tea Courts, and Tea Dances Beginning in the late 1880's in both America and England, fine hotels began to offer tea service in tea rooms and tea courts. Served in the late afternoon, Victorian ladies (and their gentlemen friends) could meet for tea and conversation. Many of these tea services became the hallmark of the elegance of the hotel, such as the tea services at the Ritz (Boston) and the Plaza (New York). By 1910 hotels began to host afternoon tea dances as dance craze after dance craze swept the United States and England. Often considered wasteful by older people they provided a place for the new "working girl" to meet men in a city, far from home and family. (Indeed, the editor of Vogue once fired a large number of female secretarial workers for "wasting their time at tea dances"). BACK TO TOP Afternoon Tea Today in the USA Tea is more popular than ever in America today. Currently, there is a re-awakening of interest in tea as many Americans seek a more positive, healthy lifestyle. Fine hotels throughout the United States are re-establishing or planning for the first time afternoon tea services. BACK TO TOP Jeni-
It's is a very interesting subject.The Legendary Origins of Tea
The story of tea began in ancient China over 5,000 years ago. According to legend, Shen Nung, an early emperor was a skilled ruler, creative scientist and patron of the arts. His far-sighted edicts required, among other things, that all drinking water be boiled as a hygienic precaution. One summer day while visiting a distant region of his realm, he and the court stopped to rest. In accordance with his ruling, the servants began to boil water for the court to drink. Dried leaves from the near by bush fell into the boiling water, and a brown liquid was infused into the water. As a scientist, the Emperor was interested in the new liquid, drank some, and found it very refreshing. And so, according to legend, tea was created. (This myth maintains such a practical narrative, that many mythologists believe it may relate closely to the actual events, now lost in ancient history.) The Chinese Influence Tea consumption spread throughout the Chinese culture reaching into every aspect of the society. In 800 A.D. Lu Yu wrote the first definitive book on tea, the Ch'a Ching. This amazing man was orphaned as a child and raised by scholarly Buddhist monks in one of China's finest monasteries. However, as a young man, he rebelled against the discipline of priestly training which had made him a skilled observer. His fame as a performer increased with each year, but he felt his life lacked meaning. Finally, in mid-life, he retired for five years into seclusion. Drawing from his vast memory of observed events and places, he codified the various methods of tea cultivation and preparation in ancient China. The vast definitive nature of his work, projected him into near sainthood within his own lifetime. Patronized by the Emperor himself, his work clearly showed the Zen Buddhist philosophy to which he was exposed as a child. It was this form of tea service that Zen Buddhist missionaries would later introduce to imperial Japan. BACK TO TOP The Japanese Influence The first tea seeds were brought to Japan by the returning Buddhist priest Yeisei, who had seen the value of tea in China in enhancing religious mediation. As a result, he is known as the "Father of Tea" in Japan. Because of this early association, tea in Japan has always been associated with Zen Buddhism. Tea received almost instant imperial sponsorship and spread rapidly from the royal court and monasteries to the other sections of Japanese society. Tea was elevated to an art form resulting in the creation of the Japanese Tea Ceremony ("Cha-no-yu" or "the hot water for tea"). The best description of this complex art form was probably written by the Irish-Greek journalist-historian Lafcadio Hearn, one of the few foreigners ever to be granted Japanese citizenship during this era. He wrote from personal observation, "The Tea ceremony requires years of training and practice to graduate in art...yet the whole of this art, as to its detail, signifies no more than the making and serving of a cup of tea. The supremely important matter is that the act be performed in the most perfect, most polite, most graceful, most charming manner possible". Such a purity of form, of expression prompted the creation of supportive arts and services. A special form of architecture (chaseki) developed for "tea houses", based on the duplication of the simplicity of a forest cottage. The cultural/artistic hostesses of Japan, the Geishi, began to specialize in the presentation of the tea ceremony. As more and more people became involved in the excitement surrounding tea, the purity of the original Zen concept was lost. The tea ceremony became corrupted, boisterous and highly embellished. "Tea Tournaments" were held among the wealthy where nobles competed among each other for rich prizes in naming various tea blends. Rewarding winners with gifts of silk, armor, and jewelry was totally alien to the original Zen attitude of the ceremony. Three great Zen priests restored tea to its original place in Japanese society: Ikkyu (1394-1481)-a prince who became a priest and was successful in guiding the nobles away from their corruption of the tea ceremony. Murata Shuko (1422-1502)-the student of Ikkyu and very influential in re-introducing the Tea ceremony into Japanese society. Sen-no Rikkyu (1521-1591)-priest who set the rigid standards for the ceremony, largely used intact today. Rikyo was successful in influencing the Shogun Toyotomi Hideyoshi, who became Japan's greatest patron of the "art of tea". A brilliant general, strategist, poet, and artist this unique leader facilitated the final and complete integration of tea into the pattern of Japanese life. So complete was this acceptance, that tea was viewed as the ultimate gift, and warlords paused for tea before battles. BACK TO TOP Europe Learns of Tea While tea was at this high level of development in both Japan and China, information concerning this then unknown beverage began to filter back to Europe. Earlier caravan leaders had mentioned it, but were unclear as to its service format or appearance. (One reference suggests the leaves be boiled, salted, buttered, and eaten!) The first European to personally encounter tea and write about it was the Portuguese Jesuit Father Jasper de Cruz in 1560. Portugal, with her technologically advanced navy, had been successful in gaining the first right of trade with China. It was as a missionary on that first commercial mission that Father de Cruz had tasted tea four years before. The Portuguese developed a trade route by which they shipped their tea to Lisbon, and then Dutch ships transported it to France, Holland, and the Baltic countries. (At that time Holland was politically affiliated with Portugal. When this alliance was altered in 1602, Holland, with her excellent navy, entered into full Pacific trade in her own right.) BACK TO TOP Tea Comes to Europe When tea finally arrived in Europe, Elizabeth I had more years to live, and Rembrandt was only six years old. Because of the success of the Dutch navy in the Pacific, tea became very fashionable in the Dutch capital, the Hague. This was due in part to the high cost of the tea (over $100 per pound) which immediately made it the domain of the wealthy. Slowly, as the amount of tea imported increased, the price fell as the volume of sale expanded. Initially available to the public in apothecaries along with such rare and new spices as ginger and sugar, by 1675 it was available in common food shops throughout Holland. As the consumption of tea increased dramatically in Dutch society, doctors and university authorities argued back and forth as to the negative and/or positive benefits of tea. Known as "tea heretics", the public largely ignored the scholarly debate and continued to enjoy their new beverage though the controversy lasted from 1635 to roughly 1657. Throughout this period France and Holland led Europe in the use of tea. As the craze for things oriental swept Europe, tea became part of the way of life. The social critic Marie de Rabutin-Chantal, the Marquise de Seven makes the first mention in 1680 of adding milk to tea. During the same period, Dutch inns provided the first restaurant service of tea. Tavern owners would furnish guests with a portable tea set complete with a heating unit. The independent Dutchman would then prepare tea for himself and his friends outside in the tavern's garden. Tea remained popular in France for only about fifty years, being replaced by a stronger preference for wine, chocolate, and exotic coffees. BACK TO TOP Tea Comes to America By 1650 the Dutch were actively involved in trade throughout the Western world. Peter Stuyvesant brought the first tea to America to the colonists in the Dutch settlement of New Amsterdam (later re-named New York by the English). Settlers here were confirmed tea drinkers. And indeed, on acquiring the colony, the English found that the small settlement consumed more tea at that time then all of England put together. BACK TO TOP Tea Arrives in England Great Britain was the last of the three great sea-faring nations to break into the Chinese and East Indian trade routes. This was due in part to the unsteady ascension to the throne of the Stuarts and the Cromwellian Civil War. The first samples of tea reached England between 1652 and 1654. Tea quickly proved popular enough to replace ale as the national drink of England. As in Holland, it was the nobility that provided the necessary stamp of approval and so insured its acceptance. King Charles II had married, while in exile, the Portuguese Infanta Catherine de Braganza (1662). Charles himself had grown up in the Dutch capital. As a result, both he and his Portuguese bride were confirmed tea drinkers. When the monarchy was re-established, the two rulers brought this foreign tea tradition to England with them. As early as 1600 Elizabeth I had founded the John company for the purpose of promoting Asian trade. When Catherine de Braganza married Charles she brought as part of her dowry the territories of Tangier and Bombay. Suddenly, the John Company had a base of operations. BACK TO TOP The John Company The John Company was granted the unbelievably wide monopoly of all trade east of the Cape of Good Hope and west of Cape Horn. Its powers were almost without limit and included among others the right to: Legally acquire territory and govern it. Coin money. Raise arms and build forts. Form foreign alliances. Declare war. Conclude peace. Pass laws. Try and punish law breakers. It was the single largest, most powerful monopoly to ever exist in the world. And its power was based on the importation of tea. At the same time, the newer East India Company floundered against such competition. Appealing to Parliament for relief, the decision was made to merge the John Company and the East India Company (1773). Their re-drafted charts gave the new East India Company a complete and total trade monopoly on all commerce in China and India. As a result, the price of tea was kept artificially high, leading to later global difficulties for the British crown. BACK TO TOP Afternoon Tea in England Tea mania swept across England as it had earlier spread throughout France and Holland. Tea importation rose from 40,000 pounds in 1699 to an annual average of 240,000 pounds by 1708. Tea was drunk by all levels of society. Prior to the introduction of tea into Britain, the English had two main meals-breakfast and dinner. Breakfast was ale, bread and beef. Dinner was a long, massive meal at the end of the day. It was no wonder that Anna, the Duchess of Bedford (1788-1861) experienced a "sinking feeling" in the late afternoon. Adopting the European tea service format, she invited friends to join her for an additional afternoon meal at five o'clock in her rooms at Belvoir Castle. The menu centered around small cakes, bread and butter sandwiches, assorted sweets, and, of course, tea. This summer practice proved so popular, the Duchess continued it when she returned to London, sending cards to her friends asking them to join her for "tea and a walking the fields." (London at that time still contained large open meadows within the city.) The practice of inviting friends to come for tea in the afternoon was quickly picked up by other social hostesses. A common pattern of service soon merged. The first pot of tea was made in the kitchen and carried to the lady of the house who waited with her invited guests, surrounded by fine porcelain from China. The first pot was warmed by the hostess from a second pot (usually silver) that was kept heated over a small flame. Food and tea was then passed among the guests, the main purpose of the visiting being conversation. BACK TO TOP Tea Cuisine Tea cuisine quickly expanded in range to quickly include wafer thin crustless sandwiches, shrimp or fish pates, toasted breads with jams, and regional British pastries such as scones (Scottish) and crumpets (English). At this time two distinct forms of tea services evolved: "High" and "Low". "Low" Tea (served in the low part of the afternoon) was served in aristocratic homes of the wealthy and featured gourmet tidbits rather than solid meals. The emphasis was on presentation and conversation. "High" Tea or "Meat Tea" was the main or "High" meal of the day. It was the major meal of the middle and lower classes and consisted of mostly full dinner items such as roast beef, mashed potatoes, peas, and of course, tea. BACK TO TOP Coffee Houses Tea was the major beverage served in the coffee houses, but they were so named because coffee arrived in England some years before tea. Exclusively for men, they were called "Penny Universities" because for a penny any man could obtain a pot of tea, a copy of the newspaper, and engage in conversation with the sharpest wits of the day. The various houses specialized in selected areas of interest, some serving attorneys, some authors, others the military. They were the forerunner of the English gentlemen's private club. One such beverage house was owned by Edward Lloyd and was favored by shipowners, merchants and marine insurers. That simple shop was the origin of Lloyd's, the worldwide insurance firm. Attempts to close the coffee houses were made throughout the eighteenth century because of the free speech they encouraged, but such measures proved so unpopular they were always quickly revoked. BACK TO TOP Tea Gardens Experiencing the Dutch "tavern garden teas", the English developed the idea of Tea Gardens. Here ladies and gentlemen took their tea out of doors surrounded by entertainment such as orchestras, hidden arbors, flowered walks, bowling greens, concerts, gambling, or fireworks at night. It was at just such a Tea Garden that Lord Nelson, who defeated Napoleon by sea, met the great love of his life, Emma, later Lady Hamilton. Women were permitted to enter a mixed, public gathering for the first time without social criticism. As the gardens were public, British society mixed here freely for the first time, cutting across lines of class and birth. Tipping as a response to proper service developed in the Tea Gardens of England. Small, locked wooden boxes were placed on the tables throughout the Garden. Inscribed on each were the letters "T.I.P.S." which stood for the sentence "To Insure Prompt Service". If a guest wished the waiter to hurry (and so insure the tea arrived hot from the often distant kitchen) he dropped a coin into the box on being seated "to insure prompt service". Hence, the custom of tipping servers was created. BACK TO TOP Russian Tea Tradition Imperial Russia was attempting to engage China and Japan in trade at the same time as the East Indian Company. The Russian interest in tea began as early as 1618 when the Chinese embassy in Moscow presented several chests of tea to Czar Alexis. By 1689 the Trade Treaty of Newchinsk established a common border between Russia and China, allowing caravans to then cross back and forth freely. Still, the journey was not easy. The trip was 11,000 miles long and took over sixteen months to complete. The average caravan consisted of 200 to 300 camels. As a result of such factors, the cost of tea was initially prohibitive and available only to the wealthy. By the time Catherine the Great died (1796), the price had dropped some, and tea was spreading throughout Russian society. Tea was ideally suited to Russian life: hearty, warm, and sustaining. The samovar, adopted from the Tibetan "hot pot", is a combination bubbling hot water heater and tea pot. Placed in the center of the Russian home, it could run all day and serve up to forty cups of tea at a time. Again showing the Asian influence in the Russian culture, guests sipped their tea from glasses in silver holders, very similar to Turkish coffee cups. The Russians have always favored strong tea highly sweetened with sugar, honey, or jam. With the completion of the Trans-Siberian Railroad in 1900, the overland caravans were abandoned. Although the Revolution intervened in the flow of the Russian society, tea remained a staple throughout. Tea (along with vodka) is the national drink of the Russians today. BACK TO TOP Tea and America It was not until 1670 that English colonists in Boston became aware of tea, and it was not publicly available for sale until twenty years later. Tea Gardens were first opened in New York City, already aware of tea as a former Dutch colony. The new Gardens were centered around the natural springs, which the city fathers now equipped with pumps to facilitate the "tea craze". The most famous of these "tea springs" was at Roosevelt and Chatham (later Park Row Street). By 1720 tea was a generally accepted staple of trade between the Colony and the Mother country. It was especially a favorite of colonial women, a factor England was to base a major political decision on later. Tea trade was centered in Boston, New York, and Philadelphia, future centers of American rebellion. As tea was heavily taxed, even at this early date, contraband tea was smuggled into the colonies by the independent minded American merchants from ports far away and adopted herbal teas from the Indians. The directors of the then John Company (to merge later with the East India Company) fumed as they saw their profits diminish and they pressured Parliament to take action. It was not long in coming. BACK TO TOP Tea and the American Revolution England had recently completed the French and Indian War, fought, from England's point of view, to free the colony from French influence and stabilize trade. It was the feeling of Parliament that as a result, it was not unreasonable that the colonists shoulder the majority of the cost. After all, the war had been fought for their benefit. Charles Townshend presented the first tax measures which today are known by his name. They imposed a higher tax on newspapers (which they considered far too outspoken in America), tavern licenses (too much free speech there), legal documents, marriage licenses, and docking papers. The colonists rebelled against taxes imposed upon them without their consent and which were so repressive. New, heavier taxes were leveled by Parliament for such rebellion. Among these was, in June 1767, the tea tax that was to become the watershed of America's desire for freedom. (Townshend died three months later of a fever never to know his tax measures helped create a free nation.) The colonists rebelled and openly purchased imported tea, largely Dutch in origin. The John company, already in deep financial trouble saw its profits fall even further. By 1773 the John Company merged with the East India Company for structural stability and pleaded with the Crown for assistance. The new Lord of the Treasury, Lord North, as a response to this pressure, granted to the new Company permission to sell directly to the colonists, by-passing the colonial merchants and pocketing the difference. In plotting this strategy, England was counting on the well known passion among American women for tea to force consumption. It was a major miscalculation. Throughout the colonies, women pledged publicly at meetings and in newspapers not to drink English sold tea until their free rights (and those of their merchant husbands) were restored. BACK TO TOP The Boston Tea Party By December 16 events had deteriorated enough that the men of Boston, dressed as Indians (remember the original justification for taxation had been the expense of the French and Indian War) threw hundreds of pounds of tea into the harbor: The Boston Tea Party. Such leading citizens as Samuel Adams and John Hancock took part. England had had enough. In retaliation, the port of Boston was closed and the city occupied by royal troops. The colonial leaders met and revolution was declared. BACK TO TOP The Trade Continued in the Orient Though concerned over developments in America, English tea interests still centered on the product's source-the Orient. There the trading of tea had become a way of life, developing its own language known as "Pidgin English". Created solely to facilitate commerce, the language was composed of English, Portuguese, and Indian words all pronounced in Chinese. Indeed, the word "Pidgin" is a corrupted form of the Chinese word for "do business". So dominant was the tea culture within the English speaking cultures that many of these words came to hold a permanent place in our language. "Mandarin" (from the Portuguese "mandar" meaning to order) - the court official empowered by the emperor to trade tea. "Cash" (from the Portuguese "caixa" meaning case or money box)-the currency of tea transactions. "Caddy" (from the Chinese word for one pound weight)-the standard tea trade container. "Chow" (from the Indian word for food cargo)-slang for food. BACK TO TOP The Opium Wars Not only was language a problem, but so was the currency. Vast sums of money were spent on tea. To take such large amounts of money physically out of England would have financially collapsed the country and been impossible to transport safely half way around the world. With plantations in newly occupied India, the John Company saw a solution. In India they could grow the inexpensive crop of opium and use it as a means of exchange. Because of its addictive nature, the demand for the drug would be lifelong, insuring an unending market. Chinese emperors tried to maintain the forced distance between the Chinese people and the "devils". But disorder in the Chinese culture and foreign military might prevented it. The Opium Wars broke out with the English ready to go to war for free trade (their right to sell opium). By 1842 England had gained enough military advantages to enable her to sell opium in China undisturbed until 1908. BACK TO TOP America Enters the Tea Trade The first three American millionaires, T. H. Perkins of Boston, Stephen Girard of Philadelphia, and John Jacob Astor of New York, all made their fortunes in the China trade. America began direct trade with China soon after the Revolution was over in 1789. America's newer, faster clipper ships outsailed the slower, heavier English "tea wagons" that had until then dominated the trade. This forced the English navy to update their fleet, a fact America would have to address in the War of 1812. The new American ships established sailing records that still stand for speed and distance. John Jacob Astor began his tea trading in 1800. He required a minimum profit on each venture of 50% and often made 100%. Stephen Girard of Philadelphia was known as the "gentle tea merchant". His critical loans to the young (and still weak) American government enabled the nation to re-arm for the War of 1812. The orphanage founded by him still perpetuates his good name. Thomas Perkins was from one of Boston's oldest sailing families. The Chinese trust in him as a gentleman of his word enabled him to conduct enormous transactions half way around the world without a single written contract. His word and his handshake was enough so great was his honor in the eyes of the Chinese. It is to their everlasting credit that none of these men ever paid for tea with opium. America was able to break the English tea monopoly because its ships were faster and America paid in gold. BACK TO TOP The Clipper Days By the mid-1800's the world was involved in a global clipper race as nations competed with each other to claim the fastest ships. England and America were the leading rivals. Each year the tall ships would race from China to the Tea Exchange in London to bring in the first tea for auction. Though beginning half way around the world, the mastery of the crews was such that the great ships often raced up the Thames separated by only by minutes. But by 1871 the newer steamships began to replace these great ships. BACK TO TOP Global Tea Plantations Develop The Scottish botanist/adventurer Robert Fortune, who spoke fluent Chinese, was able to sneak into mainland China the first year after the Opium War. He obtained some of the closely guarded tea seeds and made notes on tea cultivation. With support from the Crown, various experiments in growing tea in India were attempted. Many of these failed due to bad soil selection and incorrect planting techniques, ruining many a younger son of a noble family. Through each failure, however, the technology was perfected. Finally, after years of trial and error, fortunes made and lost, the English tea plantations in India and other parts of Asia flourished. The great English tea marketing companies were founded and production mechanized as the world industrialized in the late 1880's. BACK TO TOP Tea Inventions in America: Iced Tea and Teabags America stabilized her government, strengthened her economy, and expanded her borders and interests. By 1904 the United States was ready for the world to see her development at the St. Louis World's Fair. Trade exhibitors from around the world brought their products to America's first World's Fair. One such merchant was Richard Blechynden, a tea plantation owner. Originally, he had planned to give away free samples of hot tea to fair visitors. But when a heat wave hit, no one was interested. To save his investment of time and travel, he dumped a load of ice into the brewed tea and served the first "iced tea". It was (along with the Egyptian fan dancer) the hit of the Fair. Four years later, Thomas Sullivan of New York developed the concept of "bagged tea". As a tea merchant, he carefully wrapped each sample delivered to restaurants for their consideration. He recognized a natural marketing opportunity when he realized the restaurants were brewing the samples "in the bags" to avoid the mess of tea leaves in the kitchens. BACK TO TOP Tea Rooms, Tea Courts, and Tea Dances Beginning in the late 1880's in both America and England, fine hotels began to offer tea service in tea rooms and tea courts. Served in the late afternoon, Victorian ladies (and their gentlemen friends) could meet for tea and conversation. Many of these tea services became the hallmark of the elegance of the hotel, such as the tea services at the Ritz (Boston) and the Plaza (New York). By 1910 hotels began to host afternoon tea dances as dance craze after dance craze swept the United States and England. Often considered wasteful by older people they provided a place for the new "working girl" to meet men in a city, far from home and family. (Indeed, the editor of Vogue once fired a large number of female secretarial workers for "wasting their time at tea dances"). BACK TO TOP Afternoon Tea Today in the USA Tea is more popular than ever in America today. Currently, there is a re-awakening of interest in tea as many Americans seek a more positive, healthy lifestyle. Fine hotels throughout the United States are re-establishing or planning for the first time afternoon tea services. BACK TO TOP Jeni-
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